(André Brant)
O Atlético voltou a decepcionar seu torcedor. Na noite deste domingo (4), o clube alvinegro não conseguiu se encontrar em campo e saiu do Independência derrotado pelo Goiás, pelo placar mínimo, em duelo válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. David, já na etapa complementar, anotou o gol esmeraldino que decretou a sexta partida consecutiva em que o Galo não consegue vencer. Além da marca negativa somando-se todas as competições, o Atlético chegou à sua segunda derrota em três disputados jogos neste Brasileirão. O Galo conquistou apenas um ponto, contra o Corinthians, ainda na primeira rodada, e ocupa a 17ª colocação na tabela, na beirada da zona de rebaixamento. O time goiano, por sua vez, somou seu sétimo tento, mesma pontuação de Corinthians, Cruzeiro e Internacional, líderes do torneio. Levir Culpi terá uma semana para consertar os defeitos do clube alvinegro. No próximo domingo (11), o Galo terá pela frente seu arquirrival, Cruzeiro, em duelo que será disputado no Independência, a partir das 16 horas. O Goiás, por sua vez, visita o Palmeiras no estádio do Pacaembu. A partida será disputada no sábado (10) e terá início às 18h30. Sem sintonia Esqueça as tramas rápidas a as jogadas em diagonal da “Era Cuca”, que tanto encantaram o país. A página virou. O Galo, agora, é um novo time. Se Paulo Autuori preferia priorizar a defesa em detrimento ao ataque, pois achava que a “cozinha” estava bagunçada, Levir Culpi mostrou que investirá em um conjunto que valorize o controle de bola. É uma nova perspectiva para ultrapassar o momento de desconfiança que a equipe passa. O problema é que ainda falta sintonia. Territorialmente, o Atlético dominou o primeiro tempo do embate contra o Goiás. A bola esteve sob domínio daqueles que vestiam preto e branco por quase 60% do tempo que circulou no gramado durante a etapa inicial. Porém, sua posse não era transformada em algo objetivo. Com o meio congestionado, o Galo não encontrava refugo pelas alas, já que seus laterais eram inoperantes. Para piorar a situação, o time goiano, que veio fechado, em busca do contra-ataque, cresceu no final da primeira etapa, assustando Victor e os poucos torcedores presentes no Independência. Através de tramas rápidas, chegaram com facilidade à meta alvinegra. A bola só não entrou porque a finalização esmeraldina era pífia. Fazendo, assim, com que a etapa inicial terminasse sem gols. Era um deserto de boas ideias. Vaias que resumem a partida Se a situação não estava muito das favoráveis no primeiro tempo, ficou ainda pior na etapa complementar. Sem criatividade e com uma atuação desastrosa de seus laterais, o Atlético pouco perigo levou ao goleiro Renan. Quem não teve a mesma sorte foi Victor. A presença do time esmeraldino não era muito constante no ataque. Porém, quando ocorreu, foi mortal. Aos 23 minutos, uma bola alçada na área foi mal afastada pela defesa alvinegra. David recuperou a pelota na intermediária e de lá mesmo “soltou o sapato” fazendo ela morrer no ângulo do gol defendido pelo arqueiro alvinegro. 1 a 0 no marcador. O placar alterado só aumentou o desespero do “perdido” Atlético, que, burocrático, não conseguiu furar a defesa esmeraldina. Tanto que o apito final de Marcelo de Lima Henrique fez com que a torcida sintetizasse a partida com suas vaias em peso. Confira a galeria de imagens da partida
FICHA TÉCNICA ATLÉTICO 0 X 1 GOIÁS ATLÉTICO: Victor, Alex Silva, Réver, Otamendi, Emerson Conceição; Claudinei, Fillipe Soutto (Rosinei), Guilherme (André); Marion, Fernandinho e Jô (Dátolo). Técnico: Levir Culpi GOIÁS: Renan,Vítor (Wellington Júnior), Jackson, Alex Alves, Lima; Amaral, Thiago Mendes, David, Ramon (João Paulo) e Tiago Real; Araújo (Erik). Técnico: Ricardo Drubscky Gol: David (aos 23' do 2º tempo) Data: 4 de maio de 2014 Motivo: Jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro Estádio: Independência Cidade: Belo Horizonte Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ) Auxiliares: Rodrigo Henrique Corrêa (RJ) e Diogo Carvalho Silva (RJ) Público: 6.029 pagantes Renda: R$ 129.530,00 Cartões amarelos: Claudinei e Victor (Atlético); Tiago Real (Goiás)