Atlético registra R$ 155 milhões em vendas em 2024, com destaque para negociação de Paulinho
Transferência do atacante ao Palmeiras foi a maior do ano, totalizando R$ 90,9 milhões, e representou 23% da arrecadação do clube no período.
O Atlético fechou 2024 com R$ 155 milhões arrecadados em vendas de jogadores, conforme revelou o CEO do clube, Bruno Muzzi, nesta quarta-feira (8), durante um encontro com jornalistas na sede do clube, no Bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. A maior negociação foi a venda do atacante Paulinho ao Palmeiras, que rendeu R$ 90,9 milhões ao Galo, representando 80% dos 18 milhões de euros (R$ 113,6 milhões) da transação.
Além de garantir a maior fatia do valor, o Atlético economizou cerca de R$ 6,3 milhões, já que o Palmeiras assumiu o pagamento referente ao mecanismo de solidariedade da FIFA, destinado aos clubes formadores do jogador – no caso, Vasco e Bayer Leverkusen. “Foram, no total, 18 milhões de euros. O Galo ganha 80% desse valor, e o Palmeiras também é responsável pelo mecanismo de solidariedade”, explicou Muzzi.
O valor arrecadado com Paulinho foi somado a outras vendas ao longo do ano. Destaque para as transferências do lateral Paulo Henrique ao Vasco (R$ 4,9 milhões), do atacante Pavón ao Grêmio (R$ 19,8 milhões) e do meia Patrick ao Santos (R$ 5,2 milhões). No total, as vendas representaram cerca de 23% da arrecadação do clube em 2024, que chegou a R$ 657 milhões, segundo o dirigente.
Outras receitas, como o mecanismo de solidariedade, também contribuíram para o caixa atleticano. Transferências de ex-jogadores, como Emerson Royal e Savinho, renderam valores adicionais ao clube, embora nem todos tenham sido contabilizados no exercício de 2024. A venda de Savinho ao Manchester City, por exemplo, garantiu ao Atlético até R$ 35,3 milhões, considerando direitos econômicos e o dispositivo da FIFA.
As transações demonstram o esforço do Atlético em equilibrar as finanças por meio de estratégias de mercado. Segundo Muzzi, todas as negociações foram realizadas de forma parcelada, um padrão no futebol brasileiro. “Há cláusulas de confidencialidade, mas é comum que as transações sejam pagas em parcelas”, afirmou.
O clube segue aguardando a auditoria dos números de 2024 para apresentar um balanço consolidado, mas já comemora o impacto positivo das vendas para a saúde financeira e a preparação para os desafios de 2025.
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