O técnico Levir Culpi deixará o coração de torcedor de lado para tentar colocar o Atlético na liderança do Brasileirão pela primeira vez depois de 102 rodadas, desde 5 de setembro de 2012, quando o Galo deixou o topo da tabela na campanha do vice-campeonato. Criado no Alto da Glória, o treinador encara o Coritiba, time que aprendeu a amar na infância.

Diante do Coxa, nesta quarta-feira (1°), às 21h, Levir busca a terceira vitória seguida na competição, após triunfos sobre Flamengo e Joinville. Mas os três pontos não serão suficientes para colocar o time na primeira colocação. Durante os primeiros 30 minutos de jogo, a Massa alvinegra estará de olho no confronto entre Sport e Internacional, na Ilha do Retiro, torcendo contra o Leão.

Desfalque

Para dormir no posto mais nobre da tabela, no entanto, o Atlético terá obstáculos. Para frear o embalo da equipe paranaense – que vem de vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro após seis rodadas sem triunfos –, o Galo não terá o meia Dátolo.

Com uma contusão muscular na região posterior da coxa esquerda, o argentino não tem previsão de volta e já é ausência certa também no confronto contra o Inter, no domingo. O técnico Levir Culpi fechou o treino dessa terça-feira para a imprensa. Sem o camisa 10, o substituto natural seria Guilherme, mas ele foi liberado para acertar com o Cruz Azul. Outra baixa no meio de campo é Dodô, convocado para defender o Brasil nos Jogos Pan-Americanos, disputados neste mês no Canadá.

Opções

A principal alternativa para Levir é revitalizar o esquema 4-2-3-1, com a volta do Leandro Donizete.

Mas quem também ganha esperanças com o cenário atual é o colombiano Cárdenas, que vem ganhando poucas chances no time e conta com uma vontade do presidente Daniel Nepomuceno em vê-lo mais vezes em campo.

Cobrança

O Atlético sabe que, especialmente atuando em Belo Horizonte, pode enfrentar fortes retrancas diante de times de menor porte.

E a apresentação contra o Joinville, no Mineirão, foi apontada pelo próprio Levir Culpi como uma das piores da temporada, apesar do triunfo por 1 a 0.

“Não tem ninguém morto no campeonato. Todos querem fazer alguma coisa, seja escapar lá de baixo ou lutar pelas primeiras posições. E também não tem nenhum ‘bam-bam-bam ’. Se não melhorarmos, comparando com o que fizemos, vamos ter dificuldades”, conclui o treinador.