( Alexandre Lopes)
O sonho do bi da Libertadores acabou. O Atlético voltou a cair em seus próprios pecados e foi eliminado do torneio continental após ser derrotado por 3 a 1 pelo Internacional, na noite desta quarta-feira (13), em duelo disputado no estádio Beira-Rio. O Internacional começou a encaminhar sua classificação no primeiro tempo, com dois golaços de Valdívia e D'Alessandro. Na segunda etapa, Pratto chegou a dar esperanças para o torcedor alvinegro, porém Dátolo “entregou o ouro” ao recuar mal uma bola para Lisandro López matar o jogo. Com o resultado, o Internacional enfrentará o Independiente Santa Fe, da Colômbia, nas quartas de final da Copa Libertadores. Como teve melhor campanha, o Colorado decidirá seu futuro no torneio em seus domínios. Agora, o Galo tentará se recuperar da precoce eliminação na Libertadores indo em busca do bicampeonato brasileiro. No próximo domingo (17), o Atlético enfrentará o Fluminense no estádio Mané Garrincha, cumprindo punição referente à última edição do Nacional. A partida terá pontapé inicial às 16h. Mais tarde, às 18h30, o Inter receberá o Avaí no Beira-Rio. FRIEZA No Horto, há uma semana, o Atlético teve as rédeas da partida contra o Internacional. Como já é de praxe quando atua no Independência, o Galo pressiona seu adversário contra seu campo, o que rendeu boas oportunidades de gol. O curioso é que o técnico Colorado, Diego Aguirre, parece que pressentia que a partida seria daquela forma e armou uma “arapuca” para o time alvinegro, apostando no erro adversário para fazer a diferença. E fez. Não fosse o gol salvador de Leonardo Silva, o embate teria terminado em 2 a 1 para os gaúchos. Passaram-se sete dias daquele embate, mas parece que o Galo não aprendeu a lição. Não percebeu que o time do Inter é traiçoeiro. Daqueles que maior volume de jogo do adversário não é algo para se assustar. Não à toa, voltou a cair na armadilha colorada. Desde os primeiros minutos, o Galo partiu para cima. Porém, foi de forma afobada. Pouco pensada. Thiago Ribeiro e Patric “queimavam” a gol quando a primeira brecha surgia. O domínio territorial alvinegro era praticamente inefetivo, uma vez que o Inter sabia conter as ofensivas. E como há uma semana, o Colorado não perdoou os vacilos alvinegros. Aos 21, Lisandro López recebeu bola no meio e viu Valdívia entrando livre no meio da zaga atleticana. Ao receber o passe, o talismã colorado viu Victor adiantado e teve frieza de um veterano para encobrir o “santo alvinegro” e anotar um golaço. 1 a 0. Após o tento, o Galo partiu para cima para tentar reverter o prejuízo. Chegou a empatar com Jemerson, aos 31 minutos, mas o juiz viu uma contestável falta de Leonardo Silva em Rodrigo Dourado no lance. Nas jogadas seguintes, finalizava de forma precipitada, o que distanciava o Atlético da igualdade. O Inter, por sua vez, atacava em raras oportunidades, sempre aproveitando as pequenas brechas. E ao aproveitar uma delas, o talento sobressaiu. Aos 45, quando o primeiro tempo já caminhava para o fim, D'Alessandro pegou bola na quina direita da pequena área. Com a canhota, mandou a bola em curva no ângulo contrário de Victor, anotando mais um golaço na partida. 2 a 0. VACILO Levir Culpi não pensou duas vezes. Voltou com o time ainda mais ofensivo, já que àquela altura o Galo precisava de dois gols para, ao menos, levar a partida para os pênaltis. E tão logo a bola rolou, o Atlético saiu em busca de mais um milagre. Era pressão intensa, pouco se importando com a sobrecarga ofensiva. Deu certo. Aos 13, Maicosuel, que foi um dos que entrou no segundo tempo, recebeu na intermediária e carregou a bola rumo à área.. Ao ver um buraco no meio da zaga colorada, tocou para Lucas Pratto. De frente para o crime, o matador não perdoou. 2 a 1. Se antes o Galo era quem mais partia para cima, com o gol de Pratto o time foi só pressão. Era ataque atrás de ataque, sufocando o Inter, que se defendia como dava. Luan, por exemplo, perdeu uma chance incrível aos 20, quando uma bola sobrou limpa no rebote para ele, mas o “maluquinho” chutou muito forte e acertou a trave. Conforme o relógio ia passando, era certeza de que os minutos finais reservariam um final dramático, com o Galo jogando por um gol para levar a partida para os pênaltis. Porém, um vacilo individual jogou um balde de água fria no torcedor alvinegro. Aos 34, Valdívia avançou pela ponta-esquerda e inverteu a bola buscando D'Alessandro. Dátolo tentou interceptar e tocou para trás, tentando achar Jemerson. A pelota, porém, sobrou limpa para Lisandro López, que deslocou Victor para aumentar a diferença. 3 a 1. Àquela altura, a heroica reação, que parecia próxima, se tornou praticamente inviável. O Galo saía da Libertadores, um pouco por seus próprios pecados. DIEGO AGUIRRE O comandante colorado voltou a fazer a diferença. Sabia que o Atlético viria para cima e preparou seu time para aguentar a pressão alvinegra. A classificação gaúcha pode ser creditada a ele. ENTREGOU O OURO Quando o Galo estava a um gol de conseguir levar a partida para os pênaltis, Dátolo, ao invés de afastar a bola, tentou recuar para Jemerson e entregou de bandeja para Lisandro López. Que feio! FICHA TÉCNICA INTERNACIONAL 3 X 1 ATLÉTICO INTERNACIONAL: Alisson, William, Juan, Alan Costa, Ernando; Rodrigo Dourado, Aránguíz, Eduardo Sasha (Jorge Henrique) (Nicolás Freitas), D'Alessandro (Réver) e Valdívia; Lisandro López. TÉCNICO: Diego Aguirre ATLÉTICO: Victor, Patric, Leonardo Silva, Jemerson, Douglas Santos (Jô); Leandro Donizete (Maicosuel), Rafael Carioca, Luan, Dátolo e Thiago Ribeiro (Giovanni Augusto); Lucas Pratto. TÉCNICO: Levir Culpi GOLS: Valdívia (aos 21') e D'Alessandro (aos 45' do 1º tempo); Lucas Pratto (aos 13'), Lisandro López (aos 34' do 2º tempo) DATA: 13 de maio de 2015 MOTIVO: Jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores ESTÁDIO: Beira-Rio CIDADE: Porto Alegre (RS) ÁRBITRO: Julio Bascuñán (Chile) AUXILIARES: Carlos Astroza (Chile) e Raul Orellana (Chile) CARTÕES AMARELOS: Leandro Donizete, Luan, Giovanni Augusto e Douglas Santos (Atlético); Ernando (Internacional)