Atlético volta a superar o improvável e avança às oitavas da Libertadores

Wallace Graciano - Hoje em Dia
22/04/2015 às 21:43.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:44

(Bruno Cantini)

O Atlético, mais uma vez, superou o improvável. Em mais uma partida com doses cavalares de drama, o Galo bateu o Colo-Colo por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (22), no Independência. Assim como nos últimos anos, o time alvinegro foi embalado sob o mantra do “eu acredito" para desafiar a lógica e avançar às oitavas de final da Copa Libertadores.    A classificação alvinegra começou a ser construída aos 18 minutos da primeira etapa, através de Lucas Pratto, que abriu o marcador. Aos 20 do período final, Guilherme perdeu um pênalti e aumentou o drama no Horto. Porém, 14 minutos depois, Rafael Carioca tirou a angústia do torcedor atleticano ao anotar um golaço.   A dramática vitória fez com que o Galo avançasse às oitavas da Libertadores como segundo colocado do Grupo 1, com nove pontos ganhos. O primeiro da chave foi o Santa Fe, que somou 12 após bater o Atlas por 3 a 1.   O Atlético agora voltará suas atenções para outra decisão. No próximo domingo (3), o Galo receberá a Caldense, no Mineirão, no primeiro duelo que decidirá quem ficará com a taça do Campeonato Mineiro. A partida terá pontapé inicial às 16 horas.   NO EMBALO DO MANTRA   Nos últimos tempos, o Atlético desvirtuou o significado de impossível. Tanto na conquista da América de 2013, quanto no título da Copa do Brasil do ano seguinte, o Galo inverteu placares antes tidos como inalcançáveis, sempre embalado pelo mantra do “eu acredito” que vinha das arquibancadas.   O curioso é que em todas essas reviravoltas, o time alvinegro teve um componente comum: a desvantagem por dois gols de diferença, justamente o placar necessário para que o Atlético alcançasse as oitavas de final da Copa Libertadores nesta quarta-feira (22). Azar do Colo-Colo. Afinal, eles teriam de enfrentar um forte Galo, que era embalado pela mística do improvável.   E nem foi preciso a bola rolar para a torcida alvinegra depositar a sua fé com seu mantra. Com a confiança das arquibancadas a seu favor, o Atlético passou a sufocar o Colo-Colo desde o início da partida, encurralando os “Caciques” em seu campo. Assim, o primeiro gol era questão de tempo. E veio aos 18 minutos, quando Patric deu passe açucarado para Lucas Pratto, que flutuava nas costas da defesa adversária. De frente para o crime, o argentino não perdoou. 1 a 0.   Após cumprir metade da missão, o Atlético manteve o ímpeto, fazendo de Victor apenas um expectador de luxo da partida. Foram quatro chances de gol reais criadas e 14 chutes à baliza defendida por Paulo Garcés. Porém, o arqueiro andino parecia iluminado e se transformou no destaque da partida, impedindo que o Galo terminasse a primeira etapa com os 2 a 0 que precisava.   Seriam mais 45 minutos de sofrimento. E, pela lógica inversa alvinegra, aquilo era um bom prognóstico.   “EU ACREDITO – PARTE V”   O script das últimas reviravoltas seguiu inalterado na etapa final: pressão total alvinegra e dificuldades de concluir com precisão ao gol adversário, assim como foi nas quatro vezes em que o Galo precisou reverter um placar adverso.    E justamente na melhor chance que teve, aos 20 minutos, a dose de drama aumentou. O pênalti assinalado sobre Luan veio como um alívio para o torcedor. Porém, Guilherme, justamente um dos maiores responsáveis pelo nascimento da mística, acertou a trave e as costas do goleiro, aumentando, assim, a angústia nas arquibancadas.    Àquela altura, o relógio já era um inimigo. A cada volta, a tensão só aumentava. Mas eis que aos 34 minutos, um herói improvável apareceu. Rafael Carioca recebeu passe justamente de Guilherme, ainda na intermediária. E de lá mesmo, o volante “soltou o sapato”, acertando o ângulo de Paulo Garcés. Um golaço, que fez o Galo alcançar os 2 a 0 que lhe daria a classificação.   Ainda faltavam 10 minutos. Porém, o torcedor alvinegro tinha a certeza que o placar era definitivo. O Colo-Colo bem que tentou anotar o gol que lhe daria a classificação, mas, àquela altura, o Galo já tinha revertido o improvável.   Mais uma vez o vento foi quem saiu derrotado. E o Atlético estava vivo na Libertadores. Mesmo contra todos os prognósticos.   O HERÓI Quando a angústia aumentava, Rafael Carioca anotou um golaço que colocou o Atlético nas oitavas da Libertadores.   A MÍSTICA PREVALECEU Pela quinta vez nos dois últimos anos, o Atlético reverteu uma desvantagem de dois gols de diferença.    FICHA TÉCNICA ATLÉTICO  2 X 0 COLO-COLO   ATLÉTICO: Victor, Patric, Edcarlos, Jemerson, Douglas Santos; Rafael Carioca, Dátolo, Guilherme (Eduardo), Luan (Danilo Pires) e Carlos (Maicosuel); Lucas Pratto. TÉCNICO: Levir Culpi   COLO-COLO: Paulo Garcés, Camilo Rodríguez, Christian Vilches, Leonardo Cáceres; Luis Pavez (Felipe Flores), Gonzalo Fierro, Claudio Baeza, Barroso, Esteban Pavez; Emiliano Vecchio (Bryan Carvallo) e Esteban Paredes. TÉCNICO: Héctor Tapia   GOLS: Lucas Pratto (aos 18' do 1º tempo); Rafael Carioca (aos 34' do 2º tempo) DATA: 22 de abril de 2015 MOTIVO: Jogo válido pela sexta rodada do Grupo 1 da Copa Libertadores ESTÁDIO: Independência LOCAL:  Belo Horizonte (MG) ÁRBITRO: Carlos Vera (EQU) AUXILIARES: Christian Lescano (EQU) e Carlos Herrera (EQU) PÚBLICO: 21.274 pagantes RENDA: R$ 1.039.760,00 CARTÕES AMARELOS: Luan, Guilherme e Jemerson (Atlético); Cáceres e Paredes (Colo-Colo)

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