O time do Atlético tem a sua hierarquia definida, sobretudo quando se trata da adoração do torcedor. Ronaldinho Gaúcho é unanimidade. Victor, Réver, Bernard e Diego Tardelli também contam com a idolatria atleticana. Jô, com seus gols em 2013, também conquistou um lugar no coração alvinegro. Mas na Libertadores alguns coadjuvantes marcaram o seu nome na história campeã do Galo.
Luan chegou quieto à Cidade do Galo. Com uma contusão no púbis, sua contratação era vista com ressalvas pelos alvinegros, já que perderia parte da pré-temporada. Contudo, quando entrou em campo, seu estilo de jogo agradou ao técnico Cuca e à Massa. Aguerrido, acreditando em todas as bolas e marcando gols decisivos, Luan se tornou o talismã do Atlético e 12º jogador. Na ausência de um dos homens de frente, o velocista era chamado para o combate e nunca decepcionava. Diante do Tijuana veio a consagração. O meia-atacante marcou o gol de empate, aos 47 minutos do segundo tempo, no México.
Já Guilherme viveu uma montanha-russa no Atlético. O jogador é constantemente vaiado pela torcida, tem o seu passado na Toca da Raposa sempre lembrado e questionado por atuações ruins. No primeiro semestre, seu empresário chegou a manifestar o desejo de buscar um novo clube para o atacante, mas a situação não avançou. E o fato de ter ficado na Cidade do Galo foi recompensado. Na semifinal, diante do Newell´s Old Boys, uma bola rebatida pela zaga caiu no pé direito de Guilherme, que soltou uma bomba, vencendo o goleiro Guzmán. O segundo gol atleticano e que explodiu a Massa no Independência, que apreensiva, roía a unha, temendo a eliminação. Na penalidade, o atleta, novamente, demonstrou sua tranquilidade e converteu uma das cobranças a favor do Alvinegro, sendo fundamental para o avanço à decisão.