(Bruno Cantini/Atlético)
“Cuca, Cuca”. Antes de a bolar rolar em qualquer compromisso do Atlético, no Independência, a massa enche o peito para gritar o nome do técnico. Ele devolve as saudações com acenos. Essa cena parecia improvável há exato um ano, quando o Galo anunciou Alexi Stival como seu novo treinador, no lugar de Dorival Júnior.
Afinal, o paranaense desembarcava em Belo Horizonte cercado de rótulos negativos. Pesavam nas suas costas a fama de supersticioso, de ser instável emocionalmente e de difícil relacionamento, além do trabalho recente no Cruzeiro.
Passados 57 jogos – 33 vitórias, nove empates e 15 derrotas – à beira do banco de reservas alvinegro, Cuca vem derrubando cada um dos preconceitos. E seu segredo está na sequência positiva de resultados e no carisma fora dos gramados.
Líder do Campeonato Brasileiro, com 32 pontos, Cuca também levantou o título invicto do Estadual nesta temporada. Isso sem contar a campanha que garantiu a permanência dos atleticanos na Série A em 2011. Porém, Cuca sabe que ficará de vez na história alvinegra se conseguir o grande feito de erguer o taça do bicampeonato nacional, missão que o Galo persegue há mais de 40 anos. Por enquanto, mostra que está no caminho certo, ao pedir a diretoria a manutenção de suas “estrelas” e apostar na chegada de reforços pontuais, como Ronaldinho Gaúcho, Júnior César e companhia.
Ele também comemora a “tranquilidade” no cargo, pois os momentos de cobranças não foram poucos. A começar pelos placares negativos logo depois de assumir o time. Cuca amargou seis revezes consecutivos, incluindo dois pela Copa Sul-Americana.
Na prática, fechado primeiro turno do Brasileiro de 2011, o Galo segurava a vice-lanterna, com 15 pontos em 19 compromissos e aproveitamento de 26,3%.
Mesmo salvando o Atlético da degola, os 6 a 1 sofridos para o Cruzeiro, no encerramento da competição, também o colocaram em cheque.
A queda na Copa do Brasil de 2012, diante do modesto Goiás, reforçou a desconfiança. Tanto que selada a conquista do Mineiro, cogitou-se a chegada de Levir Culpi.
Mas Cuca resistiu aos obstáculos. Hoje, é o técnico com mais jogos na gestão do presidente Alexandre Kalil, iniciada em outubro de 2008.
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