FIM DO SONHO

Com uma a mais o jogo todo, Galo perde para o Botafogo e vê o bi da Libertadores ficar pelo caminho

Time de Milito vacila no primeiro tempo e viu Luiz Henrique decidir o título para os cariocas

Paulo Duarte
esportes@hojeemdia.com.br
Publicado em 30/11/2024 às 19:10.

Com um a mais desde o primeiro minuto de jogo, o Atlético perdeu para o Botafogo por 3 a 1 e viu o sonho do bicampeonato da Libertadores ficar pelo caminho na tarde deste sábado (30), no Monumental de Núñez. O time carioca definiu o resultado ainda no primeiro em dois lances envolvendo o jovem atacante Luiz Henrique. 

No primeiro ele, após construir a jogada pela direita, ficou com rebote na grande e bateu firme para as redes. Na segunda, o atacante sofreu pênalti cometido por Everson e Alex Telles converteu. No primeiro minuto da  etapa final, Vargas, que havia entrado na vaga de Deyverson descontou. O mesmo Vargas teve duas oportunidades claras para levar o jogo à prorrogação, mas pecou no arremate final. 

Com o resultado, o Brasileirão agora levará os oito primeiros colocados para a Libertadores no próximo ano. Para o Galo a situação não está nada fácil. Restando apenas dois jogos, o alvinegro ocupa a décima posição com 44 pontos, podendo cair ainda mais posições ao término da 36ª rodada. 

A próxima partida do Atlético será na quarta-feira (4), às 19h, contra o Vasco, em São Januário, na penúltima rodada da competição.

O jogo

Mal começou a final da Libertadores entre Atlético e Botafogo, e o time carioca teve o meio-campista Gregory expulso de campo. O jogador atingiu com o pé a cabeça de Fausto Vera, do Galo, e levou o vermelho direto. Vera precisou de atendimento após ter um corte superficial na região. 

Com uma a mais, o time mineiro passou a ter maior posse de bola e buscar o ataque pelos lados do campo, mas sem eficácia no arremate final. Já o Botafogo só foi chegar ao ataque aos 16 minutos, com Savarino arriscando de fora da área, sem perigo para Everson. 

Aos 34, o Botafogo voltou ao ataque e dessa vez, foi fatal. Após construir a jogada pelo lado direito, Luiz Henrique se livrou da marcação e bateu firme para o gol. A bola desviou em Almada e voltou livre para o atacante soltar o pé para o fundo do gol, sem chances para Everson. 

Com o revés, o Galo tentou sair para o ataque, mas foi o Botafogo que voltou a levar perigo. Aos 39, Arana tentou proteger a chegada de Luiz Henrique à grande área, mas acabou se embolando com Everson, possibilitando ao jovem tocar na bola antes do goleiro atleticano. 

O árbitro mandou seguir a jogada, porém, o VAR entrou em ação acusando uma possível penalidade. Após analisar as imagens, o argentino Facundo Tello voltou atrás na decisão de campo e assinalou a infração a favor do Time da Estrela Solitária. Alex Telles foi para a cobrança e bateu firme, no canto esquerdo de Everson que saltou para a direita. 

Consistente na defesa, o time carioca conseguiu segurar o ataque atleticano que, quando chegou, não gerou perigo para John, até o fim da primeira etapa. Na volta do intervalo, Milito promoveu três alterações na equipe. Mariano, Bernard e Vargas entraram nas vagas de Lyanco, Fausto Vera e Scarpa, respectivamente. 

Logo no primeiro toque na bola, Vargas desviou de cabeça cobrança de escanteio de Hulk e mandou a bola no canto direito alto de John, marcando o primeiro do Galo no jogo. Foi a 12ª assistência de Hulk na temporada, igualando a Scarpa. 

Aos oito, o super-herói por muito pouco não ampliou a marca. Em cruzamento pela direita, Hulk achou Deyverson, que de cabeça, mandou a bola para a linha de fundo. Aos 10 foi a vez do Galo pedir pênalti de Marlon Freitas em Deyverson. Assim como o árbitro, o Var mandou seguir o lance. 

Aos 19, John salvou o Botafogo em batida de Hulk de fora da área. O confronto seguiu com o Atlético tendo maior posse de bola e todo no ataque, enquanto o adversário se fechou na defesa em busca de um contra-ataque. Aos 30, Milito mandou a campo Alan Kardec na vaga de Deyverson. Na reta final, Vargas teve a chance de marcar por duas vezes, em lances claros, mas isolou para fora e o Botafogo viu o primeiro título da Libertadores ficar mais próximo. 

Ficha Técnica

Atlético 1x3 Botafogo

Atlético
Everson; Lyanco (Mariano), Battaglia, Junior Alonso e Guilherme Arana; Fausto Vera (Bernard), Alan Franco e Gustavo Scarpa (Bernard); Hulk, Paulinho e Deyverson (Alan Kardec). Técnico: Gabriel Milito

Botafogo
John; Vitinho, Adryelson, Barboza e Alex Telles (Marçal); Gregore, Marlon Freitas e Thiago Almada (Júnior Santos); Luiz Henrique (Matheus Martins), Savarino (Danilo Barbosa) e Igor Jesus. Técnico Arthur Jorge

Motivo: Final Libertadores
Data: 30 de novembro de 2024 (sábado)
Local: Monumental de Núñez, Buenos Aires-Argentina
Arbitragem: Facundo Tello, auxiliado por Ezequiel Brailovsky e Gabriel Chade
VAR: Mauro Vigliano
Cartão Vermelho: Gregore (Botafogo)
Cartões amarelos: Lyanco, Battaglia, Fausto Vera (Atlético); Alex Telles (Botafogo)
Gol: Vargas, 1’, 2º tempo (Atlético); Luiz Henrique, aos 34’; Alex Telles, aos 42’, 1º tempo; Júnior Santos, aos 51’, 2º tempo (Botafogo)

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