Com vitória magra, Atlético avança de forma invicta às oitavas

Wallace Graciano - Hoje em Dia
10/04/2014 às 19:38.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:03
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

Tempo quente, jogo morno. Atuando em “marcha lenta”, o Atlético fez apenas o necessário ao vencer o Zamora, por 1 a 0, no duelo disputado no Independência, no final de tarde desta quinta-feira (10), o último do Grupo 4 da Copa Libertadores. Jô, ainda na primeira etapa, anotou o único gol de um confronto em que o Galo preferiu jogar de forma cadenciada, ao invés de impor seu ritmo imponente, comum quando os jogos são no Gigante do Horto.   Com o triunfo, o atual campeão da Libertadores chegou aos 12 pontos e manteve a primeira colocação do Grupo 4, avançando de forma invicta às oitavas de final da competição continental. O adversário do time alvinegro será conhecido no final da noite, após o término da rodada.   Pé no freio   Quando a bola rolou no Independência, às 17h30 desta quinta-feira (10), Belo Horizonte já sofria os reflexos da “hora do rush”. Para onde se olhava, se via ruas congestionadas, com as buzinas do trânsito intenso como trilha sonora. E parece que o Galo incorporou a tônica do horário. Com a vaga garantida nas oitavas e uma iminente decisão de Campeonato Mineiro contra o maior rival, o Cruzeiro, os comandados de Autuori preferiam fazer de sua maior capacidade técnica um aliado para cadenciar e aproveitar as brechas dadas pelo desesperado Zamora.   Desde os primeiros minutos, o que se pôde observar foi um Galo em “marcha lenta”. Ainda que o ritmo tenha desagradado seus torcedores, acostumados a um futebol dinâmico, ele trouxe a qualidade na troca de passes. E quem se sobressaiu nesse quesito foi Guilherme, o grande destaque da partida. Vestindo a camisa 17, ele parecia não ligar muito para a responsabilidade de substituir Ronaldinho. Quando a bola caía em seus pés, era a certeza de que um bom passe iria surgir.   Em uma dessas oportunidades, aos 9 minutos, ele aproveitou um descuido do goleiro adversário, que tentou sair jogando, mas “entregou a rapadura”. Ao pegar a bola viu Jô passando em profundidade no meio da defesa venezuelana. E lá tocou. O centroavante não teve de fazer muito para agradecer o passe açucarado do companheiro, precisando apenas dominar e tocar de canhota no canto de ângulo para abrir o marcador. 1 a 0.   Aos 31, Guilherme voltou a deixar um companheiro na cara do gol. Desta vez, com um passe em diagonal, achou Neto Berola livre. O rápido atacante, porém, demorou demais para definir como iria concluir a jogada e foi bloqueado pela zaga adversária.   Precisando da vitória a todo custo, o Zamora também mostrou certa qualidade, porém baseada nos tiros de média distância. Como era bloqueado em boa parte das ofensivas, a menor brecha era um caminho considerável rumo ao gol de Giovanni. Assim, levou muito perigo com Luís Melo, que “soltou o sapato” do “meio da rua” aos 38 minutos, tirando tinta da trave. Foi a melhor oportunidade do time venezuelano, que finalizou outras três vezes. Era pouco. O que justificou a vitória parcial alvinegra ao fim do primeiro tempo.   Insosso   A tônica da etapa complementar não mudou muito. O Zamora continuou firme em busca do gol, porém sem qualidade técnica. O Galo até que acelerou um pouco a passada, com a entrada de Marion em campo. Porém, ele basicamente explorou as bolas em profundidade para tentar ampliar o marcador.   Tanto foi que o lance de maior impacto não foi nenhum chute à meta ou mesmo um pênalti não marcado. Foi um golpe de MMA. Aos 27, Jonanthan España se esqueceu que estava jogando futebol e agrediu Leonardo Silva. Foi para o chuveiro direto, sem direito a reclamar.   Pouco depois, foi a vez da bola ser maltratada. Aos 34 minutos, Marion fez uma belíssima jogada pela esquerda, entortando a zaga venezuelana. Ao erguer a cabeça, viu Jô entrando livre na pequena área e para ele cruzou rasteiro. O centroavante, porém, passou do ponto e mandou ela por cima do gol de forma inacreditável. Não, Jô!   Antes que a partida tivesse fim, Guilherme, um dos melhores em campo, assustou ângulo com um chute de fora da área e deu um passe espetacular para Fernandinho, que ficou de frente para o crime, mas desperdiçou boa oportunidade de aumentar o marcador.   Foi a conta do chá, mas o Atlético avançava às oitavas como primeiro do Grupo 4.   FICHA TÉCNICA ATLÉTICO 1 X 0 ZAMORA   ATLÉTICO: Giovanni, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Otamendi, Alex Silva; Leandro Donizete, Pierre, Guilherme; Tardelli (Marion), Neto Berola (Fernandinho) e Jô. Técnico: Paulo Autuori   ZAMORA: Angulo, Soto, López, España, Ovalle; Flores (Arenas), Melo, Ramírez, Murillo (Pluchino); Clarke e Falcón Técnico: Noel Sanvicente   Gol: Jô (aos 9' do 1º tempo) Data: 10 de abril de 2014 Motivo: Jogo válido pela sexta rodada do Grupo 4 da Copa Libertadores Estádio: Independência Cidade: Belo Horizonte Árbitro: Roberto Tobar (Chile) Auxiliares: Francisco Mondria (Chile) e Raul Orellana (Chile)  Público: 15.031 pagantes Renda: R$ 764.420,00 Cartões amarelos: Hugo Soto e Luis Melo (Zamora) Cartão vermelho: España (Zamora)

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