Diretoria alvinegra mantém silêncio em negociação de Tardelli

Gláucio Castro - Do Hoje em Dia
15/12/2012 às 16:37.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:37

(Divulgação/Al Gaharafa)

O segredo é a alma do negócio. O ditado popular é seguido cada vez mais à risca no Atlético. Enquanto um capítulo diferente da novela envolvendo um possível retorno do atacante Diego Tardelli surge a cada dia, a diretoria do clube trabalha em silêncio para tentar ter sucesso na negociação.

Manter o sigilo absoluto das contratações é uma das principais características dos bastidores da sede de Lourdes, desde que o presidente Alexandre Kalil foi eleito para o posto mais alto do clube, em outubro de 2008. 

Na última sexta-feira (14), Tardelli revelou que o Al-Gharafa, do Qatar, só o libera por cerca de seis milhões de euros (R$ 16,2 milhões). Mas será que o Atlético está disposto a desembolsar a quantia para contar novamente com o futebol do camisa 9?

“Não vamos comentar nada. Tudo que a gente falar numa hora dessas pode atrapalhar. Uma palavra da diretoria ganha uma proporção muito grade. Por isso, o melhor que temos a fazer é ficar calado”, explica o diretor de futebol Galo, Eduardo Maluf, mantendo a regra do “bico fechado”.

“Lembra-se da vinda do Ronaldinho? Fomos o mais discretos possíveis. A informação não vazou para ninguém e foi concretizada em pouquíssimo tempo. Se tivesse sido o contrário talvez não tivesse dado certo”, exemplifica o experiente dirigente, que trabalhou vários anos no Cruzeiro e nesta temporada teve propostas de Grêmio e Flamengo.

O assunto contratação é praticamente proibido nos corredores da sede de Lourdes. Conseguir alguma informação consistente é tarefa quase impossível. Até mesmo gente muito próxima aos dois principais responsáveis pelas negociações fica “boiando”. Outros evitam comentar no assunto para não despertar a fúria de Alexandre Kalil, presidente bastante conhecido pelo seu estilo explosivo.

R49 é exemplo

Lembrada por Maluf, a vinda de Ronaldinho Gaúcho, em junho deste ano, teve o sigilo como sua principal marca. Para ele e Kalil, esse foi o grande trunfo para que o craque “aterrissasse” na Cidade do Galo, três dias depois de sair do Flamengo pelas portas dos fundos, pegando todo mundo de surpresa. “Nossa, a gente levou um susto quando viu o Kalil chegando aqui com o Ronaldinho Gaúcho. Ninguém acreditava naquilo”, relembra um funcionário do CT de Vespasiano, que preferiu não se identificar.

Coincidentemente, o anúncio da vinda de Tardelli no dia 9 de janeiro de 2009 foi uma das primeiras ações secretas de Alexandre Kalil como presidente do Atlético. O anúncio surpreendeu a todos que acompanhavam a pré-temporada na Cidade do Galo.

Ciente da importância de Tardelli para a próxima temporada, Kalil designou uma comissão para tentar acertar a vinda do jogador. Apesar de ter fechado o ano com o ataque mais positivo, 64 gols, o time do técnico Cuca abusou das chances perdidas em 2012.

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