Nos momentos mais tensos da "novela Ronaldinho", o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, garantia que bastaria uma reunião de 30 minutos para tratar do futuro do craque no Galo. E essa tranquilidade do mandatário alvinegro são perceptíveis no termo do novo acordo do atleta com o clube, já que o contrato é idêntico ao assinado pelo maestro na última temporada, conforme revelou o diretor jurídico do clube, Lásaro Cândido da Cunha.
Segundo o dirigente, Ronaldinho e Assis não fizeram nenhuma exigência além do que já tinham anteriormente. “Eu estava exatamente na reunião que chancelou a renovação. O presidente, o Maluf (Eduardo, diretor de futebol do Galo) e o Assis estavam também. Não houve exigência nenhuma, absolutamente, nenhuma, a renovação foi nas mesmas condições. O Ronaldo realmente quis ficar. E o Assis também foi muito tranquilo, uma conversa absolutamente equilibrada”, disse o Lásaro à Rádio Itatiaia.
O vínculo de Ronaldinho com o Atlético havia terminado no último dia 31 de dezembro. Deste então, o craque estava livre para assinar com qualquer clube. Segundo especulações, o Besiktas havia investido de forma incisiva para levar o craque para a Turquia. A imprensa daquele país crava que a diretoria do clube apresentou uma oferta de € 6 milhões (R$ 19 milhões) para levar R10. O contrato teria validade de dois anos e meio. Além dos "Águias Negras", Grêmio e Palmeiras haviam manifestado interesse na contratação do armador. Para a alegria da torcida alvinegra, ele preferiu ficar por mais uma temporada em Belo Horizonte.
Ronaldinho chegou ao Galo no dia 4 de junho de 2012. Contestado, após passagem conturbada no Flamengo, o craque se reergueu e levou o Atlético ao vice-campeonato do Brasileirão daquele ano. No ano seguinte, o craque foi peça-chave na conquista da Copa Libertadores, principal título da história alvinegra. Além do torneio continental, ele faturou o Campeonato Mineiro de 2013. Ao todo, R10 disputou 70 jogos e garantiu o grito de gol da torcida alvinegra em 26 oportunidades.