Em jogo dramático, Galo bate o Santa Fe e mantém reabilitação na Libertadores

Wallace Graciano - Hoje em Dia
09/04/2015 às 23:45.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:34

(Ricardo Bastos)

Foi sofrido, como o Atlético se acostumou. Mas o Galo está mais vivo do que nunca nesta Copa Libertadores. Com dose de drama que se tornou peculiar ao clube, o time alvinegro bateu o Santa Fe por 2 a 0, em duelo disputado na noite desta quinta-feira (9), no Independência.    Carlos abriu o placar, ainda na primeira etapa, e Guilherme, no final do jogo, anotou o gol que confirmou o Galo de volta à disputa por uma vaga na próxima fase da Copa Libertadores.    Com a vitória, o Atlético se manteve no terceiro lugar. Porém, o Galo igualou o Santa Fe em número de pontos e saldo. O time alvinegro está atrás dos colombianos devido ao número de gols feitos (quatro contra três). Faltando duas rodadas para o término do Grupo 1, a chave está equilibrada e todos têm chances de avançar ao mata-mata.   O Atlético terá outra decisão no próximo domingo (12), quando receberá o Cruzeiro, no Independência, no primeiro duelo das semifinais do Mineiro. O clássico terá início às 16 horas.   Pela Libertadores, o Galo voltará a campo na próxima quarta-feira (15), quando visita o Atlas, no mítico estádio Jalisco, em Guadalajara. A bola rolará no México a partir das 22 horas (horário de Brasília).    COMBATIVO   A Libertadores tem a peculiaridade de que não basta a um time ser organizado e técnico. É preciso ser combativo. E o Atlético soube mostrar bem essa característica ao longo da primeira etapa. Durante os 45 minutos iniciais, o Galo teve as rédeas do confronto. Mas, para isso, foi aguerrido e maduro. O time alvinegro soube a hora exata de atacar e como enfrentar um “encardido” Santa Fe.    Os colombianos mostraram ao longo desta Libertadores que formam um time organizado, que tem boas opções na saída, tanto em lançamentos em profundidade, quanto cadenciando o jogo através da boa troca de passes. Para contê-los, Levir adiantou a marcação e encurtou o espaço entre as linhas. Deu certo.   Tanto que foi assim que saiu o único gol da primeira etapa. Aos 12, Rafael Carioca apertou a saída de bola adversária e recuperou a pelota. O volante achou Dátolo que, com sua classe peculiar, deu um toque de primeira rumo à área. A zaga colombiana não cortou e a Carlos apareceu livre para completar para o barbante. 1 a 0.    Porém, mesmo com a vitória parcial, era claro que a partida não seria fácil. Os “cardinais” tentaram forçar o jogo, principalmente através das pontas e das bolas alçadas na área, já que o meio estava bloqueado. Para a tranquilidade de Levir, o Galo contou com um reforço importante por ali: Lucas Pratto, que voltava para ajudar a defesa e se mostrou um dos jogadores mais voluntariosos do time.   Na parte ofensiva, o Galo teve boas variações, mas não conseguiu balançar a rede em outras oportunidades. Muito por méritos da zaga dos cardinais, que deixou poucas brechas, principalmente nas laterais.    Estava claro que poderíamos esperar um jogo ainda mais complicado na etapa final...   TENSÃO   ... e assim foi.  A etapa complementar foi tal qual a primeira: pegada, com entradas um pouco além da força comum e tensão dos dois lados. Era um clima típico de Libertadores.    Quem mais assustou foi o Atlético, principalmente quando buscava as investidas pelo meio, já que Marcos Rocha e Douglas Santos não conseguiram agir muito.    O Santa Fe, por sua vez, chegava mais na base da força. Assustava, sim, o goleiro Victor. Porém, as ofensivas eram na base de cruzamentos perigosos ou chutes prensados.    E justo quando o Santa Fe dominava a partida e ameaçava jogadas mais ensaiadas, veio a confirmação da vitória alvinegra. Aos 45, Victor repôs a bola em jogo. A zaga colombiana bateu cabeça e a pelota sobrou limpa para Guilherme, que deu a garantiu o triunfo justamente em sua volta. 2 a 0. O Atlético está mais vivo do que nunca!  

Após cinco meses ausente, Guilherme voltou em grande estilo (Foto: Ricardo Bastos)   O DESTAQUE   Leandro Donizete. Ele encarnou o espírito de Libertadores. Se está fora do clássico de domingo, o “General” mostrou sua valentia para levar o Galo a mais uma vitória.    O QUE LEMBRAR   Do espírito combativo do Atlético. Soube ser maduro nos dois jogos contra os colombianos, principalmente neles.    O QUE ESQUECER   Da péssima atuação do dono do apito.  Andres Cunha inverteu faltas e perdeu o controle da partida.      FICHA TÉCNICA ATLÉTICO 2 X 0 SANTA FE   ATLÉTICO: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson, Douglas Santos; Leandro Donizete, Rafael Carioca, Dátolo, Luan (Cárdenas) e Carlos (Guilherme); Lucas Pratto. TÉCNICO: Levir Culpi   SANTA FE: Andres Castellanos, Anchico, Yerry Mina, Francisco Meza, Ricardo Villarraga; Daniel Torres, Juan Roa, Luis Arias, Omar Pérez; Morelo (Borja) e Darío Rodríguez (Luiz Páez). TÉCNICO: Gustavo Costas   Gols: Carlos (aos 12' do 1º tempo); Guilherme (aos 45' do 2º tempo) Data: 9 de março de 2015 Motivo: Jogo válido pela quarta rodada do Grupo 1 da Libertadores Estádio: Independência Cidade: Belo Horizonte Árbitro: Andres Cunha (URU) Auxiliares: Mauricio Espinosa (URU) e Miguel Nievas (URU) Público: 21.207 pagantes Renda: R$ 948.690 Cartões amarelos: Morelo (Santa Fe); Lucas Pratto, Leandro Donizete, Guilherme e Leonardo Silva (Atlético)

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