(Marcelo Prates/Hoje em Dia)
Antes da entrevista, Guilherme até brincou. “Teste: um, dois, três. É, não tenho jeito para locutor”, disse, ao falar no microfone da sala de imprensa da Cidade do Galo. Mas foi só o assunto “clássico” vir à tona, que sua expressão mudou.
Tudo por conta da falta que recebeu de Montillo no lance que originou o empate do Cruzeiro (2 a 2), já nos acréscimos do encontro do último domingo, que encerrou o turno do Campeonato Brasileiro, no Independência.
“Todos vocês me conhecem. Não tenho característica de ficar no chão, de ser ‘cai-cai’. A falta foi tão escandalosa, que não consegui me manter em pé. Ele (Montillo) foi para matar a jogada, era para expulsão. Ele próprio sabe disso”, comentou Guilherme.
“Só que nem ele, nem eu temos culpa pelo árbitro (Niélson Dias) não assinalar a falta. Fazer o que, né? Mas bola para frente”, completa.
O 10 do Atlético também externou certa chateação pelos questionamentos, pois não se levantou para tentar tomar a bola do argentino. “Quando se trata de clássico é assim. Mas isso pouco interfere na minha vida profissional. Fico chateado, mas não passo isso para o resto dos companheiros. Podia ser uma jogada que resultaria em gol”, disse o meia.
O líder Galo volta a campo na quarta-feira, às 20h30, contra a Ponte Preta, no Gigante do Horto, pela 20ª rodada. Guilherme é o mais cotado para entrar na vaga do expulso Bernard e atuar ao lado de Jô, Ronaldinho Gaúcho e Danilinho no setor ofensivo.
Quanto ao gol de placa de Ronaldinho no dérbi de Minas, Guilherme não poupou elogios ao “ídolo”. “Fui um privilegiado. Acompanhei o lance do melhor lugar possível, parecia que estava no Santiago Bernabéu (estádio do Real Madrid). Ele é um gênio e merece uma placa no Independência”, afirma.