“Torcida mais chata do Brasil, se o problema era goleiro, não é mais. Victor é do Galo!”. No fim de junho do ano passado, o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, surpreendeu ao anunciar, via Twitter, a contratação de Victor, junto ao Grêmio.
O mandatário desembolsou R$ 3,5 milhões e mais parte dos direitos econômicos do zagueiro Werley na tentativa de resolver um problema “crônico” do Galo.
Desde a negociação de Diego Alves para o futebol espanhol, em 2007, o clube sofria com a irregularidade daqueles que se aventuravam na meta alvinegra.
Tanto que dez nomes passaram pelo setor e nenhum conseguiu se firmar. Depois de Diego Alves foram testados: Giovanni, Renan Ribeiro, Marcelo, Fábio Costa, Aranha, Carini, Sérvulo, Bruno Fuso, Juninho e Edson.
Por isso, Victor desembarcou em Belo Horizonte consciente da pressão e da desconfiança que precisaria enfrentar. Mas, durante a campanha do vice-campeonato brasileiro, tratou de dar segurança aos torcedores e ao time, mesmo apresentando algumas falhas.
Decisivo
Em 2013, Victor parece ter aproveitado bem a pré-temporada, pois anda sendo decisivo nos primeiros duelos da equipe. Há uma semana, garantiu a vitória do Galo sobre o São Paulo (2 a 1), na estreia da Copa Libertadores, ao mostrar um grande repertório de defesas, duas delas espetaculares.
Antes, havia evitado uma goleada do Cruzeiro na jogo de reabertura do Mineirão, pelo Campeonato Mineiro, ao parar as investidas de Nilton e Anselmo Ramon. Contra o Tombense e o Araxá, também se destacou.
Assim, Victor espera repetir a dose no dia 26, diante do Arsenal de Sarandí, pela segunda rodada do Grupo 3 da competição sul-americana. “Sabemos da importância da Libertadores para o Atlético, pois o clube não disputava há muitos anos. Estou muito motivado”, diz.