Há 25 anos, Galo caiu diante do Fla na Copa União

Felipe Torres - Do Hoje em Dia
24/09/2012 às 07:25.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:31
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

A trajetória de um clube é marcada por títulos e fracassos. No caso do Atlético, as injustiças também têm espaço. Depois de perder um título nacional invicto para o São Paulo, o Galo voltou a ser vítima do regulamento há 25 anos, na Copa União de 1987. E o Flamengo, adversário de quarta-feira, no Engenhão, tem ligação direta com a história.

Vencedor do seu grupo no turno e returno, de forma invicta, o Galo classificou o time da Gávea para as semifinais. E acabou eliminado pelo seu maior rival fora de Minas Gerais. O enredo daqueles memoráveis confrontos de 1987 ganham novamente espaço num momento em que os dois clubes se preparam para um duelo de opostos. O Atlético briga pelo título, o Flamengo contra a crise e para se distanciar do Z-4.

As vitórias rubro-negras de 1987 destruíram o sonho alvinegro de conquistar novamente o título nacional. “Nosso grupo estava confiante em erguer a taça. Por isso, a derrota doeu em dobro”, recorda Sérgio Araújo.

Até ficar frente a frente com o Flamengo, a campanha do Atlético era irretocável. Invicto nas duas fases anteriores, o time comandado pelo técnico Telê Santana havia vencido dez jogos e empatado cinco.

Além disso, o Galo ostentava o melhor ataque, junto com o São Paulo (21 gols) e a defesa menos vazada (cinco). “Por ironia do destino, nós classificamos o futuro campeão Flamengo, ao ganhar do Palmeiras, no segundo turno”, relata Marquinhos, meia titular do Galo.

Apesar de os cariocas contarem com uma verdadeira “seleção”, os alvinegros entraram em campo como favoritos, na briga por um lugar na decisão – contra Internacional ou Cruzeiro (o Colorado avançou). Zico, Bebeto, Renato Gaúcho, Leandro, Zinho e companhia não assustavam o Galo.

“O Atlético deu shows. Era a grande sensação e mais forte candidato ao título”, sentenciava uma edição da revista “Placar” de 1987.

A festa no Maracanã durante o primeiro duelo das semifinais da Copa União, em 29 de novembro, provou o quanto a rivalidade entre Atlético e Flamengo predominava no futebol canarinho.

Mais de 118 mil pessoas compareceram ao estádio para pressionar o Galo, que, mesmo dominando boa parte do jogo, viu Bebeto fazer o gol da vitória flamenguista.

Obrigação da vitória

Com a derrota, o time de Telê Santana tinha a obrigação de vencer, três dias depois, no Mineirão. A massa não escondia o otimismo, pois o Atlético tinha já tinha derrubado o Flamengo, na Pampulha, por 1 a 0, gol de Renato, no returno. Só que a decepção acabou prevalecendo.

Zico e Bebeto garantiram a vantagem ao Fla no primeiro tempo. A expulsão de Paulo Roberto Prestes, após entrada dura no Galinho, complicou mais as coisas. Empurrado pela torcida, o Galo reagiu no segundo tempo e empatou, com gols de Chiquinho (de pênalti) e Sérgio Araújo.

“A partir dos 2 a 2 e com o Mineirão enlouquecido, achávamos que podíamos virar. Mas, num descuido, Renato Gaúcho decretou o 3 a 2 e nosso adeus”, lamenta Sérgio Araújo.



 

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