A patente de “general” do Atlético parece indestrutível. Leandro Donizete goza de grande prestígio com a torcida alvinegra e vive um momento especial fora de campo. Entretanto, no time titular do Galo, a fase do idolatrado volante é de oscilação. Enquanto celebrou o 33º aniversário na última segunda-feira na expectativa de se tornar pai pela segunda vez, o camisa 8 vai amargar o banco de reservas mais uma vez, fato que deixa insatisfeito qualquer jogador de futebol.

Nos últimos dez jogos da equipe mineira, envolvendo disputas decisivas no Campeonato Mineiro e na Copa Libertadores, Donizete só não esteve em campo por menos tempo se comparado ao lateral-direito Marcos Rocha, levando-se em consideração os 11 principais atletas do time.

A diferença é que o camisa 2 se lesionou, enquanto o volante esteve suspenso em quatro datas. De qualquer forma, nas cinco partidas em que atuou – Atlas, Cruzeiro, Caldense e Inter (duas vezes) –, o meio-campista não completou um jogo sequer. Foram 264 minutos em 450 possíveis, substituído duas vezes antes do segundo tempo.

Banco de novo

Antes titular absoluto, Donizete ficará no banco contra o Atlético-PR, neste domingo, em Curitiba. Pelo menos, foi este o panorama desenhado no treino desta quinta-feira (21). O volante é a peça sacrificada na escolha tática do técnico Levir Culpi.

Dátolo já havia sido recuado para segundo volante na goleada contra o Fluminense, e o esquema será mantido, com Rafael Carioca na função de contenção. Na preferência de Levir, a melhor pedida será o meio de campo mais leve.

Perguntado sobre a “solidão” na função de cabeça de área, Carioca disse não se sentir desconfortável, lembrando que recebe a ajuda de Luan e Dátolo na recomposição. “Não me sinto muito sobrecarregado, pelo fato de o Luan ser também volante de origem, sabe se posicionar. Com os dois pelos lados, a gente se posiciona bem. É tranquilo”, avalia.

Roda gigante

Desde o fim de 2011, quando Pierre chegou ao Atlético, houve várias mudanças na configuração da dupla de volantes do time. Primeiro, Donizete desbancou Fillipe Soutto e formou a famosa dupla com o agora atleta do Fluminense. Depois, o general deu lugar a Josué, na reta final da Libertadores 2013.

Já na campanha da Copa do Brasil, Donizete assumiu a posição isolado, devido à lesão de Carioca, que agora assume a função de “carregador de piano”.
 

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