Ídolo da Massa, Lucas Pratto batalha para ser um herdeiro de Mário de Castro

Alexandre Simões - Hoje em Dia
Publicado em 02/08/2015 às 08:42.Atualizado em 17/11/2021 às 01:11.
“O 10 do Atlético é o 9”. A frase do ex-presidente Alexandre Kalil é a melhor definição para a trajetória alvinegra, que desde o início do século passado tem os maiores momentos da sua história diretamente ligados a um centroavante.
Isso só não foi registrado na passagem de Ronaldinho Gaúcho pela Cidade do Galo, entre 2012 e 2014, quando o 10 foi o R10.
 
O maior craque alvinegro agora é passado. E Lucas Pratto surge como candidato a ser mais um dos herdeiros de Mário de Castro, o primeiro grande “matador” alvinegro. O coração da Massa, o argentino já conquistou. Mas faltam feitos, que ele busca neste segundo semestre. Atualmente, só um Campeonato Mineiro, como Carlyle conquistou, em 1947, é pouco.
 
Embora Carlyle tenha conquistado só um Estadual, ele entrou mesmo para a galeria dos grandes centroavantes atleticanos por ser o primeiro jogador do clube a defender a Seleção Brasileira, num jogo contra o Uruguai, pela Copa Rio Branco, em 1948.
 
Agora, a situação é diferente. A torcida alvinegra se acostumou com as grandes conquistas e deposita em Lucas Pratto a esperança de que elas sigam em 2015.
 
A liderança do Campeonato Brasileiro e a briga pela artilharia da competição, que tem Pratto como um concorrente desde o hat-trick sobre o São Paulo, na última quarta-feira, fazem com que a Massa sonhe alto.
 
Em tempos de carência no futebol brasileiro, Lucas Pratto disputa com o peruano Guerrero a condição de melhor centroavante do país.
 
Seria nome certo na Seleção, com certeza, mas na sua terra, tem consciência de que a concorrência é acirrada, com nomes como Agüero, Higuaín e Tévez.
 
Por isso, trata a seleção argentina como um sonho distante: “A seleção argentina tem o melhor ataque do mundo. Sei que é difícil ter uma oportunidade. A equipe está no auge há quatro ou cinco anos com os mesmos atacantes”, analisa o Urso alvinegro. De toda forma, a torcida atleticana tem a certeza de que o novo ídolo seguirá tentando balançar as redes adversárias, o que já fez 17 vezes nesta temporada, em 32 jogos.
 
E sua fórmula faz parecer simples o seu ofício: “Tento fazer gols. Com o zagueiro em cima ou não, tento colocar a bola o mais longe possível (do goleiro). Às vezes sai o gol, ou não”.
 
HISTÓRIA
 
Primeiro grande ídolo atleticano, Mário de Castro era o craque do time que venceu o bicampeonato mineiro de 1926 e 1927, competições que tiveram ele como artilheiro, com 20 e 27 gols, respectivamente.
 
Foi ainda o destaque da vitória de 4 a 2 sobre o Corinthians na partida de inauguração do Estádio Antônio Carlos, em 30 de maio 1929, marcando três gols.
Nos anos 30, a referência alvinegra foi Guará, craque do time Campeão dos Campeões, em 1937.
 
Desde então, virou quase que uma tradição os grandes times do Atlético terem como referência o centroavante. E a lista que conta ainda com Ubaldo Miranda, Dario, Reinaldo e Guilherme caminha para ter o seu primeiro estrangeiro: o argentino Lucas Pratto.
Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por