“Agora vou mudar minha conduta / Eu vou pra luta, pois eu quero me aprumar / Vou tratar você com a força bruta / Pra poder me reabilitar”. É nos versos da famosa canção “Com Que Roupa?”, do carioca Noel Rosa, que o Atlético tenta se inspirar neste início de semana para reagir após duas derrotas seguidas em partidas importantes.   A roupa para o “samba” desta quarta-feira (25) contra o Atlas, pela segunda rodada da Copa Libertadores, já foi escolhida. Na partida contra o adversário mexicano, a equipe alvinegra usará pela primeira vez a nova linha de uniformes para a temporada 2015, lançada na última segunda-feira (23) à noite em Belo Horizonte. Mas resta uma pergunta para o treinador Levir Culpi responder antes do duelo no Independência: Carlos ou André?   Os dois atacantes enfrentaram o América no domingo pelo Campeonato Mineiro. Dentre os atletas de linha que não tiveram folga, são eles que têm a chance real de pintar como única novidade no time. Contudo, só resta uma vaga. na última segunda-feira (23), Levir fez mistério e comandou uma atividade tática com apenas dez jogadores, sem centroavante, levando a campo os jogadores poupados no duelo contra o Coelho.   A equipe formada por Victor, Patric, Jemerson, Leonardo Silva, Pedro Botelho, Rafael Carioca, Leandro Donizete, Luan, Dátolo e Maicosuel precisa agora do complemento final.   Se optar por Carlos, o treinador volta a pensar na fórmula do sucesso em 2014. No ano passado, muito em parte por falta de opções, Levir abriu mão do centroavante fixo na vitoriosa campanha da Copa do Brasil. O garoto de 19 anos, inclusive, fazia parte do quarteto ofensivo que tinha Diego Tardelli como principal líder técnico.   Contudo, com a chegada de Lucas Pratto, o Galo voltou a ter o famoso “camisa 9”. Mas o argentino se machucou. Após uma pré-temporada na qual o time foi treinado para ter o “homem-gol” de referência, o mais natural seria manter a mesma estratégia. Entretanto, não deu certo contra Colo-Colo e América.   Agora, André é o único centroavante no elenco apto a atuar, pois Jô também teve uma lesão muscular. O atacante herdou a vaga contra o Coelho e fez o gol que encerrou um longo jejum, mas não teve atuação destacada na partida.   De qualquer forma, o ex-menino da Vila espera ter uma sequência. “Difícil saber se vou jogar. Mas, se for escolhido, quero estar bem e fazer gols para ajudar a conquistar a vitória. O Levir sempre fala que quem está de fora tem que ficar atento. Infelizmente, houve as lesões. Me preparei, não para a lesão de alguém, mas para ter a oportunidade”, disse André.   Carlos, por sua vez, conta com a boa avaliação do treinador mesmo depois do “puxão de orelha” na semana passada, quando faltou a um tratamento para pular Carnaval. “Ele sempre cria oportunidades de fazer gol”, destacou Levir.

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