Cruzeirense declarado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o preço dos ingressos na Arena MRV, estádio do Atlético. O valor alto dos ingressos é pauta constante entre torcedores. Para o jogo de domingo (30), contra o Atlético Goianiense, a diretoria atendeu a pedidos da torcida e reduziu os valores. Já foram vendidos mais de 34 mil ingressos e a promessa é que o Galo tenha casa cheia.

"Hoje, no novo campo do Galo nem pobre entra mais, porque é tão chique", comentou Lula, durante evento no Minascentro, no Centro de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (28), onde anunciou investimentos do Governo Federal para Minas. O presidente e a primeira dama Janja ganharam camisas personalizada do Cruzeiro, entregues pelo presidente da SAF, Pedro Lourenço.

A crítica veio quando Lula contava sobre a primeira vez que esteve no estado.

"Eu tenho uma relação com Minas Gerais muito antiga. Em 1979, era apenas presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Houve uma greve da construção civil aqui e a polícia matou uma pessoa que eu nunca esqueci o nome, Horacílio. Foi a primeira vez que vim a Belo Horizonte para tentar resolver aquela greve", começou.

“Fui acionado e, após reunião com outros dirigentes do sindicato, estive aqui para discutir a greve. Conversei com o prefeito e falei que a gente podia resolver a greve, mas, para isso, a primeira coisa seria tirar os policiais da rua. A segunda, dar comida para aquele povo. O pessoal estava no campo do Atlético, no ex-campo do Galo", contou.

Outras falas de Lula sobre Atlético e Cruzeiro

Esta não foi a primeira vez que Lula fala sobre o Atlético. Em fevereiro, o presidente citou o Galo e o rival Cruzeiro como exemplo de que políticos de lados opostos precisam se dar bem. O petista usou o futebol para representar a relação dele com o governador Romeu Zema (Novo), que podem conviver bem e precisam de uma “relação civilizada” entre os representantes.

Em outro momento discurso, Lula disse que a torcida do Atlético é maior que a do rival no estado. No entanto, o petista, que é torcedor do Corinthians, ressaltou a predileção pelo Cruzeiro em Minas Gerais.

“Eu quero que a gente construa uma relação civilizada no país. Dois políticos podem ser diferentes, ser de religiões diferentes, torcer para times diferentes. Por exemplo, eu sei que a maioria dos mineiros é atleticana, mas eu torço para o Cruzeiro”, iniciou o presidente.

“Eu nasci antes da geração do Paulo Isidoro. Eu nasci na geração do Tostão, do Dirceu Lopes, do Joãozinho, do Natal… Foi essa geração que me fez conhecer o futebol de Minas Gerais. Depois, veio o Atlético com aquele timaço [entre as décadas de 1970 e 1980], mas eu já tinha tomado a decisão. Eu vi o Cruzeiro enfiar 6 a 2 no Santos, de Coutinho, Pelé, Mengálvio e Pepe [na conquista da Taça Brasil de 1966]”, concluiu.

*Estagiário sob supervisão de Valeska Amorim

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Galo terá casa cheia no domingo após 'atender' pedido da torcida e baixar preço dos ingressos