MARRAKESH – O técnico Cuca deu a senha de que a jogada aérea pode ser uma arma do Galo contra o Raja Casablanca, do Marrocos, na semifinal do Mundial de Clubes, na próxima quarta-feira, às 17h30 (de Brasília), em Marrakesh. E o treinador atleticano tem os números ao seu lado. O time do Atlético é quatro centímetros mais alto, em média, que o representante marroquino.
Além disso, os quatro jogadores mais altos que estarão em campo vestirão o manto alvinegro. São eles o goleiro Victor (1,94m), os zagueiros Leonardo Silva (1,93m) e Réver (1,92m) e o centroavante Jô (1,89m). Só depois aparece o zagueiro Oulhaj, com 1,87m.
Na noite de sábado, logo depois da surpreendente vitória de 2 a 1 do Raja Casablanca sobre o Monterrey, do México, em Agadir, Cuca falou com a imprensa brasileira no hotel onde o Atlético está concentrado. Deixou evidente que a velocidade é a marca dos marroquinos, pois trata-se de uma característica do futebol africano, mas sinalizou que a bola aérea pode ser um diferencial para o Atlético.
“Uma bola nossa que é muito forte é a aérea. É uma das opções que temos para vencer o jogo”, afirmou o treinador do Galo.
Com base nos dados do site oficial do Mundial de Clubes, na página da Fifa na internet, percebe-se, por exemplo, que o centroavante Jô é mais alto que os dois zagueiros do Raja Casablanca.
Com 1,89m, o atacante atleticano, que será o quarto jogador mais alto em campo, deve ter como marcador Oulhaj, que tem dois centímetros a menos.
As bolas lançadas no alto para Jô fazer uma espécia de pivô pelo alto, escorando para os lados, por onde entram, em velocidade, Diego Tardelli e Fernandinho, é uma jogada muito usada pelo Atlético desde o ano passado, quando o atacante desembarcou na Cidade do Galo.
Arma
A jogada aérea se transformou numa das principais marcas do Atlético de Cuca. No ano passado, durante toda a campanha do vice-campeonato brasileiro, vários jogos foram decididos assim. A vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores, por exemplo, foi conquistada com gols de cabeça de Leonardo Silva e Réver na vitória de 3 a 2 sobre o Cruzeiro, no Independência, na última rodada do Brasileirão.
Este ano, a jogada segue rendendo frutos. O principal deles foi o gol do zagueiro Leonardo Silva, sobre o Olimpia, do Paraguai, aos 41 minutos do segundo tempo, que levou a decisão da Copa Libertadores para a prorrogação e, depois, para os pênaltis, quando o Galo conquistou a América e garantiu o direito de disputar o Mundial de Clubes no Marrocos.