O técnico Jorge Jesus por pouco não virou treinador do Atlético. A assinatura do contrato com o português esteve perto de acontecer em maio do ano passado. O treinador, inclusive, chegou a assistir em um camarote do Independência a vitória do Galo por 2 a 1 sobre o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, acompanhado do executivo do banco, Ricardo Guimarães, de Rubens Menin, presidente da MRV, e de Lucca Bertolucci, empresário.
Mas, dias depois, a negociação não se concretizou e Jorge Jesus foi parar no Flamengo. Convidado do programa Jogo Sagrado, dos canais Fox Sports Brasil, nessa segunda-feira (9), o treinador confirmou tratativas com empresários ligados ao Atlético, mas destacou que o projeto apresentado não foi convincente para conquistar títulos.
“Um agente falou desta possibilidade (de fechar com o Atlético). Eles quiseram que eu visse o jogo, curiosamente até foi Atlético e Flamengo. Jantei na casa do Ricardo Guimarães, do BMG. Conversamos, eles foram simpáticos, não vou esquecer a forma que eles me receberam. "Conversamos, mas não era isso o que eu queria. Tenho outras perspectivas desportivas. Sem querer ofender ou desprezar ninguem, mas eu pensava em uma equipe que poderia disputar título. Depois, apareceu o Flamengo e foi fácil", explicou Jorge Jesus.
Contratado pelo Rubro-Negro em junho, o português conquistou o Campeonato Brasileiro e a Libertadores, no ano passado, além da Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana, em 2020.
Recusas
Após a demissão de Levir Culpi, em abril do ano passado, o Atlético teve dificuldade para encontrar o novo treinador. E não foi só o português Jorge Jesus que recusou o clube. Rogério Ceni, do Fortaleza, e Tiago Nunes, atualmente no Corinthians (na época no Athletico-PR), também disseram “não” ao Galo.
A alternativa, naquele período de 2019, foi ficar com Rodrigo Santana, que deixou de ser interino para ser efetivado em junho.
Mas, em outubro, Santana foi demitido e substituído no dia seguinte por Vágner Mancini, que fechou o ano no Galo.
Estrangeiros
Jorge Jesus não virou mais um treinador estrangeiro do Atlético. Mas, neste ano, o clube já conta com dois técnicos vindos de outro país.
Rafael Dudamel começou a temporada, mas ficou no Galo em apenas dez jogos. A demissão aconteceu depois de eliminações precoces na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana.
A hora é de Jorge Sampaoli. O treinador argentino, que teve negociações avançadas para fechar com o Galo já no ano passado, foi apresentado nessa segunda-feira, e chega com o objetivo de colocar o clube no caminho dos títulos e encerrar as constantes mudanças de treinadores no Atlético – foram onze trocas em pouco mais de quatro anos.