(Bruno Cantini)
Eles vão deixar saudades. A torcida do Atlético terá de se acostumar daqui para frente com a ausência de dois titulares que prometem fazer muita falta. O ciclo do zagueiro argentino Otamendi e do atacante Jô na Cidade do Galo parece mesmo ter chegado ao fim.
Convocados para defender a seleção argentina e brasileira na Copa do Mundo, respectivamente, Jô e Otamendi não entram mais em campo antes do Mundial. A Fifa exige seis dias de descanso antes da apresentação, marcada para a próxima segunda-feira.
Com isso, a vitória de virada, por 2 a 1, sobre o Santos, no domingo (18), marcou a última exibição do hermano com o uniforme preto e branco. A saudade de Jô é ainda maior. Ele não entra em campo desde 4 de maio, quando o Galo perdeu por 1 a 0 para o Goiás, e o centroavante deixou o gramado contundido.
Apesar dos apelos dos torcedores e do esforço da diretoria, dificilmente o zagueiro e o atacante permanecem em Belo Horizonte depois da Copa. Cada vez mais valorizados dentro das quatro linhas, os dois devem mesmo trocar a capital mineira pelo Velho Mundo.
Otamendi estava emprestado ao Galo até o fim do mês que vem. Comprado pelo Valência por cerca de R$ 35 milhões, o jogador chegou ao clube espanhol depois do fechamento da janela de transferência e foi cedido para não ficar parado. O diretor de futebol Eduardo Maluf garante que o Atlético vai mandar um representante à Espanha para tentar algum entendimento, mas sabe que dificilmente terá sucesso.
Já o destino de Jô deve ser o futebol alemão. O atleta teria proposta de R$ 50 milhões de um time não revelado e também não deve mais vestir a camisa alvinegra.
O atacante foi uma contratação de risco que deu certo. Nem o mais otimista atleticano poderia imaginar uma passagem tão vitoriosa de Jô pela Cidade do Galo, principalmente pelo atleta ter sido liberado do Internacional depois de dois atos seguidos de indisciplina. Pelo Atlético, foram exatamente 100 jogos e 37 gols. Além de ser decisivo para o título da Copa Libertadores, no ano passado, ele acabou se consagrando como o artilheiro da competição, com sete gols.
Otamendi veio para um setor que tinha os incontestáveis Leonardo Silva e Réver como titulares. Com a lesão do capitão do time, ele acabou ganhando a chance de atuar ao lado do ex-cruzeirense e não saiu mais do time. Tendo a raça argentina como a principal marca, Otamendi logo caiu nas graças da Massa alvinegra, que fez até campanha para ele ficar. Foram 19 jogos e um gol.