MOMENTO COMPLICADO

Presidente detalha momento financeiro e agradece aos mecenas: 'sobrevive por causa deles'

Da Redação
esportes@hojeemdia.com.br
30/08/2022 às 15:17.
Atualizado em 30/08/2022 às 15:32
Sérgio Coelho (de branco) ao lado do vice do Atlético e dos mecenas do clube (Pedro Souza/Atlético)

Sérgio Coelho (de branco) ao lado do vice do Atlético e dos mecenas do clube (Pedro Souza/Atlético)

O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, explicou o momento financeiro do clube, que, segundo ele, está mais complicado do que o momento dentro de campo. O presidente agradeceu aos mecenas que ajudam o Galo financeiramente, já que, segundo o dirigente, sem eles o alvinegro estaria na segunda divisão.

“Se dentro de campo está difícil, vocês não imaginam fora. Temos o maior endividamento do futebol brasileiro. Nossas dificuldades são muito grandes. O Atlético sobrevive por causa dos 4 R’s (Rubens Menin, Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães), isso desde o ano de 2020. Se não fossem essas pessoas para ajudar, financeiramente e trabalhando também, o Atlético, não tenha dúvida, estaria na segunda divisão. Estamos fazendo esse trabalho de tentar recuperar o clube, de trazer o equilíbrio para as finanças do clube, sendo um protagonista no futebol. Hoje pagamos as contas porque os 4 R’s ajudam a pagar essas contas”, afirmou Sérgio Coelho, que disse que os salários de todos os funcionários do Atlético estão em dia, também graças aos mecenas.

Ele explicou que no quesito de receitas, o clube até atingiu o previsto na Libertadores (quartas de final), mas caiu uma fase antes do previsto na Copa do Brasil, com isso perdendo não só a receita pela classificação, mas também receitas de bilheteria, sócios, entre outros. Na questão de venda de jogadores, já são quase R$ 150 milhões, mas ainda há um déficit: 

“Tínhamos a previsão de vender R$ 140 milhões em jogadores (em 2022), e já vendemos cerca de R$ 150 milhões. Mas a venda do Alonso, que foi feita nesse ano, foi iniciada no ano passado e entrou na conta do ano passado, então estamos com um déficit. Então precisamos vender sim”.

O mandatário atleticano também comparou a situação do clube com os principais rivais, Palmeiras e Flamengo, afirmando que esses clubes estão em reestruturação há 10 anos, e que possuem receitas 50% e 100% maiores que as do Atlético ,respectivamente. Sendo assim, o modelo de contratações precisa ser diferente.

“A nossa condição hoje é trazer jogadores com esse perfil (sem pagar), e que não é fácil de achar. O Atlético não tem R$ 100 milhões pra fazer como o Flamengo, e trazer jogadores. Nossa realidade é essa. Não tem (condição) e não vamos iludir o torcedor dizendo que vamos montar um time cheio de craques, se eles tiverem que vir nessas condições (pagando)”.

No último balanço do Atlético, de dezembro de 2021, a dívida do clube batia a casa de R$ 1.3 bilhões, a maior do país. 

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