Promessas atleticanas pela inédita conquista da Libertadores

Vinícius Las Casas - Hoje em Dia
22/07/2013 às 10:14.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:16

Deixar de fumar cigarro, usar camisa do Atlético durante 15 dias, não fazer a barba, panfletar na Praça 7 e muito mais... Vale todo tipo de promessa para tentar ajudar o Galo na Copa Libertadores com a intervenção divina. Os atleticanos tentam de todas as formas auxiliar o time para a conquista do inétido troféu continental contra o Olímpia. A decisão ocorre na próxima quarta-feira (28), 21h50, no Mineirão.

Thomás Santos, de 23 anos, não se furtou a apenas uma promessa. O jovem afirmou que deixaria o cigarro se o Atlético vencesse o Newell´s Old Boys. O vício acompanha Thomás desde os 12 anos de idade. Mas ele não parou por aí. No início da Libertadores definiu alguns outros propósitos.

"Eu fumo desde os meus 12 anos, são quase dois maços de cigarro por dia. Se o Galo passasse contra o Newell´s eu iria parar de fumar. Não fui em nenhum jogo do Atlético neste ano, disse que só iria se fosse na final. O que eu mais fiz foi promessa. Tem que se apegar na fé para o clube ser campeão. Além disso, eu estou com a barba grande. Prometi que só iria tirar a barba se o Galo fosse campeão", disse.

Questionado, na sequência, o que aconteceria com sua barba caso o Atlético não tivesse sorte diante do Olímpia, o atleticano afirmou que só vai raspá-la quando o time levantar um caneco.

"Vou ficar. Tem o Campeonato Brasileiro... Qualquer título vale para promessa. O importante é gritar campeão", afirmou.

Thomás deixou a barba crescer na primeira fase da Libertadores (Arquivo pessoal)

Outro que pode largar o cigarro no futuro é Alberto Rezende, de 22 anos. Fanático pelo Galo, ele fuma seis cigarros de palha por dia há quatro anos. Rotina que pode chegar ao seu final na madrugada de quinta-feira. Mas está não será a única promessa que o torcedor terá que cumprir.

"Se o Atlético for campeão, eu vou parar de fumar, vou raspar a cabeça e fazer uma tatuagem. Será o símbolo do Galo nas costas. Não me arrependi de nenhuma das promessas que eu fiz. Acho até que já merecia muito mais pela história que o Atlético está construindo nesta Libertadores", definiu Alberto, que fez a promessa no início do torneio.

Mas não é só a juventude que faz "loucuras" pelo Atlético. Cláudio Rocha, de 52 anos, nunca utilizou em sua vida camisas do clube. Mas esta história mudou após a vitória sofrida contra o Newell´s Old Boys. Pelo triunfo sobre os argentinos e a chegada à decisão do torneio continental, o torcedor utiliza uma camisa do Atlético todos os dias, só a tirando para ser lavada. A peça alvinegra foi presente de um amigo.

"Primeiro, eu nunca tive camisa de clube e nunca usei. Mas no último jogo antes da disoputa de pênalti, prometi isso. Porque a gente está com vontade de ver o time campeão", comentou.

Histórias sofridas

Os três atleticanos compartilham, além das promessas, histórias de sofrimento durante a saga do Atlético na final da Copa Libertadores. Thomás Santos, por exemplo, sozinho em seu quarto, desmaiou na partida contra o Tijuana. Resgatado pela mãe, o torcedor tem que fazer alguns exames no coração, mas não quer realizar nenhum antes de quarta-feira.

"Eu desmaiei no jogo contra o Tijuana. estava sozinho. Minha mãe que me pegou no quarto. Só vou fazer os exames quando terminar o torneio. Se não morri contra o Tijuana e Newell´s, não vou morrer agora na final. Deus não vai fazer isso comigo", disse Thomás.

Cláudio Rocha também teve sua parcela de agonia no jogo contra os mexicanos. No Independência, no momento do pênalti a favor do Tijuana, o torcedor sequer olhou para o campo, só explodindo de alegria com a vibração na arena.

"Com mais um monte de gente, sentei ali e não assisti. Eu não queria ver, não tinha como assistir aquilo. Só comemorei quando ouvi a torcida", relembrou.

Já Alberto Rezende teve um mix de emoções no torneio continental. O atleticano relembrou a loucura que foi durante a partida contra o Tijuana. No entanto, teve uma história triste no confronto contra o Newell's, quando teve, entre outras coisas, seu ingresso roubado e não pôde entrar no estádio.

"O jogo que mais me emocionou foi contra o Tijuana. Como eu não estava no estádio, a gente acompanhou pela televisão e o rádio. Então, o pessoal já começou a comemorar e eu joguei cerveja na minha cabeça. Foi uma das coisas loucas da minha vida. Eu estava na porta do Independência no jogo contra o Newell's e fui roubado, levaram ingresso e todos os meus documentos. Assisti ao confronto fora do estádio, mas foi uma emoção muito grande. Eu tinha vontade de estar lá no Independência. Gastei R$ 120 na compra do bilhete", declarou.
 

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