Gramado da Arena MRV será natural em 2024 (Fernando Michel/ Hoje em Dia)
Diferentemente do que esperavam os dirigentes do Atlético, a Arena MRV não terá gramado sintético no ano que vem. O clube havia informado que planejava fazer a troca por grama artificial em 2024, mas não conseguiu a liberação legal da Prefeitura de Belo Horizonte para fazer a troca, revelou o diretor de futebol do Galo, Rodrigo Caetano, nesta sexta-feira (29).
Mês passado, o presidente do Atlético, Sérgio Coelho, havia confirmado que a Arena MRV teria grama sintética a partir dos primeiros meses de 2024. Mas, pelo que Rodrigo Caetano explicou, mesmo que tivesse recebido autorização da prefeitura da capital, não haveria tempo: hábil para a mudança, que exigiria um prazo de 60 dias. O que não conseguirá até o início do calendário de jogos, salientou o dirigente, durante em entrevista ao programa Seleção SporTv.
O executivo ressaltou, também, que para lucrar com uma arena é preciso administrar entre futebol e eventos, o que prejudicaria muito o gramado natural.
“Em 2024 ainda vamos ficar com a grama natural. As arenas têm muitas dificuldades em relação a ter uma excelente grama natural, que é a questão do sol, do vento e outros fatores. Somado a isso tudo, tem os eventos. Quando você constrói uma arena, a prioridade é o futebol, mas para ter rentabilidade tem que fazer shows e é aí que entra o problema”, afirmou.
A Arena MRV foi inaugurada no dia 15 de abril. O primeiro jogo oficial foi dia 27 de agosto, contra o Santos. Desde então, o gramado natural tem sofrido com problemas, aumentados após a realização de shows.
Por conta dos problemas, o Atlético havia optado por fazer a troca do piso para o sintético já para a temporada de 2024. No entanto, por conta do calendário, ainda não tem data para ser realizada.
“Essa discussão no Galo ainda vai seguir, a gente tem a iluminação artificial para que iniciamos a temporada em perfeitas condições e depois só fazer investimento na manutenção. Acredito que 2024 será um parâmetro para saber se nos próximos anos teremos condições de suportar eventos e jogos no gramado natural”, concluiu Caetano.
Liberação da Prefeitura
O Plano Diretor de Belo Horizonte estabelece que cada projeto/empreendimento tenha determinada área para infiltração de água, o que não acontece com o gramado sintético, que não a absorve. Diante disso, o Atlético seria obrigado a compensar num outro espaço.
“Uma tentativa possível é buscar a mudança de legislação junto à prefeitura. Outra opção seria comprar uma área ao lado para agregar, só que, aí, seriam 8.000 m². Temos também a alternativa de comprovar que a grama sintética volta a mesma quantidade de água que a grama natural”, destacou Bruno Muzzi, em conversa com jornalistas no último dia 12, na sede do clube.
O Hoje em Dia procurou a Prefeitura de BH para repercutir a entrevista do dirigente atleticano. Esta matéria será atualizada assim que recebermos o posicionamento.
*Estagiário sob supervisão de Valeska Amorim
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