Sete meses após iniciar a parceria, time feminino do Atlético treinará na Cidade do Galo

Bruno Inácio
28/07/2019 às 16:12.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:44
 (Galo Futebol Femino/Divulgação)

(Galo Futebol Femino/Divulgação)

O Atlético anunciou, por meio de suas redes sociais, que as atletas da categoria principal do futebol feminino passarão a treinar na Cidade do Galo, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O anúncio, feito na quinta-feira (25), acontece sete meses após o início das atividades do time, firmado em parceria com o Prointer.

Considerado um dos melhores centro de treinamentos do Brasil, o CT de Vespasiano é usado pelos times profissionais e de categorias de base masculinas do clube. Contudo, desde o início deste ano, o time feminino, mesmo após estampar a camisa alvinegra, treinava na Arena Inconfidência, no bairro Concórdia, na região Noroeste de Belo Horizonte.

A Cidade do Galo possui hotéis, oito campos profissionais, quadra sintética, de areia e academia de última geração. A coordenadora de futebol feminino do Atlético, Nina Abreu, diz ser compreensível que a evolução da modalidade aconteça aos poucos, por causa da falta de condições financeiras do futebol entre as mulheres.

"Vamos ao pouco. No nosso Estado, o futebol feminino ainda não tem mercado que se banque. Por isso o aspecto colaborativo, compartilhando estrutura com o masculino. E isso nossa diretoria já entendeu e nos levou para perto da estrutura que podemos usufruir juntos", afirmou.

Meninas do Galo na Cidade do #Galo! O @GaloFFeminino, atual campeão da Copa BH, passa a ter a Cidade do Galo como sua base de treinamentos. A equipe profissional alvinegra já está usufruindo da estrutura do melhor CT do Brasil!#MeninasDoGalo ⚽‍ pic.twitter.com/ydVw6k7Nub— Atlético (@Atletico) July 25, 2019

Desigual

Não são só as condições de treinamentos que são diferentes entre elas e eles no futebol, e a disparidade não é exclusividade alvinegra. Neste domingo, o portal HD, mostrou em reportagens que apenas judô, surfe e atletismo pagam salários iguais para homens e mulheres. 

Mesmo assim, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que nos esportes onde há diferenças salariais, a discrepância entre mulheres e homens é menor do que acontece no futebol, o que evidencia a desigualdade acentuada nos gramados do esporte mais popular do país.

Em média, o gasto dos grandes times com futebol feminino gira em torno de R$ 100 mil, o que se equipara à provisão das folhas de pagamentos das equipes das séries C e D do Brasileirão masculino.

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