ASSUNÇÃO – Espetáculo digno de uma final de Copa Libertadores. Pena que o final não foi o esperado pela massa atleticana. Estádio completamente lotado, rivalidade em campo e festa nas arquibancadas. Faltando mais de duas horas para o início do jogo, a impressão de quem já estava no Defensores del Chaco era a de que não caberia mais ninguém.
Mas ainda havia muita gente do lado de fora, tanto atleticanos como torcedores do Olimpia, alguns em busca de ingresso encontrados em abundância nas mãos dos cambistas.
Mesmo em menor número, os torcedores do Galo faziam barulho. Nem de longe os olimpeiros lembravam a fanática torcia do argentino Newell’s Old Boys, adversário das semifinais.
Lei seca
Assim como em Belo Horizonte, bebidas alcoólicas são proibidas no interior do estádio. E a lei paraguaia vai além. Para evitar uma situação muito comum no Independência, onde os torcedores ficam bebendo do lado de fora, antes do jogo, as autoridades de segurança usam bafômetros nas bilheterias do Defensores.
O torcedor flagrado com teor alcoólico acima do permitido é convidado a tomar vários copos de água para ver se diminui a concentração de álcool no sangue. Caso contrário, fica impedido de assistir ao confronto e segue para a delegacia de polícia, onde é obrigado a permanecer até o apito final.
Muitos atleticanos que não sabiam da regra tiveram que abusar dos goles de água. Mesmo assim, oito não conseguiram ver a primeira partida da final.
Antes de a bola rolar, os olimpeiros fizeram ensaios com o que eles consideram o segundo maior mosaico do mundo, perdendo apenas para o do Borussia Dortmund, da Alemanha.
De fato, as palavras de incentivo formadas em preto e branco cobriam os 360 graus do Defensores del Chaco. Em uma das partes, o mosaico dizia: “O rei quer a quarta”, em referência ao quarto título da Libertadores que o Olimpia busca este ano.
*Enviado especial