Os atleticanos comemoraram muito no sábado a derrota do Fluminense. Uma vitória nos Aflitos, neste domingo, e o Atlético retornaria a liderança. Mas o desempenho no Recife foi abaixo da crítica, com um time preguiçoso e acomodado. O Náutico aproveitou a sonolência atleticana e venceu o duelo por 1 a 0, gol de Souza, em cobrança de falta. Desta forma, o Galo continua na segunda colocação, com 51 pontos, dois a menor que o líder.

Na próxima rodada, às 18h30, no Independência, o Atlético encara o Grêmio, em um duelo de dois times que vão disputar o título do Campeonato Brasileiro. Já o Náutico encara outro candidato ao troféu, enfrentando o Fluminense, no sábado, 18h30, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

O JOGO

O Atlético começou meio sonolento, logo no primeiro lance tomou um grande susto. O Náutico avançou livre pela direita. Rogério recebeu lançamento de Elicarlos, o atacante cruzou a meia altura para Rhayner, que perdeu um gol feito, debaixo da meta.

A chance desperdiçada não desanimou os pernambucanis, que seguiram melhores na partida, com mais volume de jogo. O Galo, por sua vez, se resguardava defensivamente e apostava nos contragolpes com a velocidade de Bernard. O selecionável ficava constantemente no mano a mano com os rivais, mas pecava na hora de se desvencilhar do marcador.

O Galo continuava relapso. Erros de passe, marcação frouxa e o Timbu pressionava, aproveitando as costas de Marcos Rocha e Júnior César. O time alvinegro sofria com a marcação por pressão do rival, que não dava espaços para ninguém pensar na armação do Galo. Ronaldinho Gaúcho, que foi confirmado na partida apenas minutos antes do início dela, demonstrava não estar nas condições plenas de sua forma, com pouca movimentação e sendo presa fácil para a marcação.

O Atlético sequer incomodava o goleiro Gideão, contestado por parte da torcida do Timbu, e não testava o adversário. O arqueiro não fez nenhuma defesa na primeira etapa. O Náutico, contudo, incomodava Victor, que defendia bem a meta do Galo. Mas foi só o que ocorreu no primeiro tempo, um jogo fraco tecnicamente e sem grandes oportunidades de gol para o Atlético; o Náutico perdeu algumas boas chances.

ETAPA FINAL

Logo aos dois minutos, Júnior César falhou, o Náutico recuperou e ia avançando para marcar o primeiro gol, o lateral-esquerdo fez falta antes da grande área. Na cobrança da falta, o volante Souza bateu por baixo da barreira, vencendo o goleiro Victor, aos três minutos: Timbu 1 a 0. O Galo, sonolento durante todo o primeiro tempo e início de segundo, foi obrigado a se abrir, ir ao ataque e buscar o empate.

O Galo subiu suas linhas de marcação e passou a atuar com mais homens no campo do Timbu. No entanto, acostumado a jogar nos Aflitos, o Náutico segurava o jogo, marcava forte e enervava os atleticanos, que buscavam uma vitória para assumir a ponta do Brasileirão. Aos 16, Araújo avançou pela esquerda e cruzou para trás, mas Rhayner não conseguiu se antecipar aos defensores atleticanos.

O Náutico mantinha a posse de bola, agora com menos homens na frente, priorizando a marcação e a manutenção do resultado. O Galo pouco chegava à frente, R49 e Bernard não conseguiram encaixar o jogo e o time mineiro carecia de criatividade. Em contragolpe veloz, após Bernard perder a bola no campo ofensivo, Araújo recebeu livre, driblou Victor e foi derrubado pelo goleiro. Pênalti para os pernambucanos. O próprio Araújo foi para a cobrança, mas bateu muito mal, com Victor salvando o Alvinegro.

Mesmo com a defesa milagrosa de Victor, o Galo seguia apático e disperso em campo. Toques de bola improdutivos, chutões em busca de um lance de sorte e continuava sem ameaçar o gol defendido por Gideão. No fim, Josa foi expulso por uma entrada criminosa sobre Marcos Rocha. O volante acertou com um chute o rosto do lateral atleticano. Ao final do jogo, o Atlético pode agradecer o resultado, uma vez que poderia ter perdido por um placar mais dilatado.

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