Atletismo do Brasil prevê sucesso em 2016 após Mundial

Denise Bonfim
Publicado em 11/03/2014 às 16:21.Atualizado em 20/11/2021 às 16:33.

Embora apenas Mauro Vinicius da Silva, o Duda, tenha voltado da Polônia com uma medalha no pescoço entre os atletas do Brasil que foram ao Mundial Indoor, encerrado no último domingo, em Sopot, grande parte da equipe brasileira de atletismo começa a ganhar confiança para a próxima edição dos Jogos Olímpicos, em 2016, no Rio.

Fabiana Murer, que teve desempenho abaixo do esperado na Olimpíada de Londres, em 2012, e já declarou que vai encerrar a carreira após a competição no Rio, vê na disputa em casa uma grande chance para a superação da equipe ao lado de sua torcida. "Na Polônia deu para sentir o que é a torcida, a motivação é muito maior. Os brasileiros são emotivos, acredito que vai ser assim também. Eu quero viver essa experiência", disse. Em Sopot, Fabiana fechou a competição na quarta colocação e quase conseguiu o bronze. "Estou crescendo aos poucos. Tive uma lesão, ano passado consegui o quinto lugar, agora fiquei em quarto, estou melhorando", completou.

Thiago Braz, de apenas 20 anos, é uma das apostas da equipe para o ciclo olímpico. O atual campeão mundial juvenil terminou sua primeira competição de nível profissional na quarta colocação, a um salto do pódio em Sopot. "Eu só tenho que agradecer por esse momento. Fico e não fico feliz, quase levei a medalha. Vou representar a equipe muito bem nos próximos anos. 2016 nos espera", ressaltou.

O treinador de Fabiana e Braz, Elson Miranda, também mostra otimismo. "O trabalho é difícil, e eu tenho condições de trabalhar por medalhas. Temos bons patrocinadores, e não falo só de dinheiro, falo de estrutura também", enfatizou.

O bicampeão mundial Duda, ouro no salto em distância em Sopot, que não tira o sorriso de vencedor do rosto, quer sentir a emoção dos brasileiros durante as competições. "Quero ter a honra de competir em casa. O fator torcida vai fazer essa Olimpíada ser marcante, quem sabe até comparada a de Pequim, onde a torcida fez diferença", acredita.

Aristides Junqueira, o Tide, treinador de Duda, promete um páreo duro para quem vier ao Brasil. "Atletismo é esporte individual. Podemos não conseguir, o campeão de Londres não conseguiu índice para esse Mundial, por exemplo. Mas que a briga vai ser boa, vai", prevê.

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