Basquete do Olympico ajuda Matheus a superar acidente de carro

Guyanne Araújo - Hoje em Dia
07/02/2015 às 09:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:56

(Samuel Costa / Hoje em Dia)

O acidente automobilístico sofrido em 2008 deixou sequelas. Matheus de Souza Barcelos perdeu o olfato, a audição do ouvido direito e ficou com uma restrição na movimentação da perna esquerda. Mas nada disso o impediu devoltar ao basquete.

Ex-atleta, o agora treinador, de 33 anos, conta como a paixão pelo esporte serviu como um incentivo a mais para voltar às quadras. “O esporte me ajudou em tudo. Agradeço a Deus e minha família, que me incentivaram a recuperar. Poderia ter entrado em depressão”, frisa o técnico do sub-17 do Olympico, de Belo Horizonte.

Matheus conta que o acidente aconteceu após uma derrota já como treinador: “Não me lembro de nada, nem da dor que senti. Só me recordo de quando cheguei em casa de cadeira de rodas”.

Ele ficou quase dois meses na UTI e chegou a passar por 11 cirurgias. Foram 30 quilos a menos durante o processo de recuperação complicado.

Debilitado, ficou de cama por um tempo, mas logo começou a se exercitar para sair da cadeira de rodas e voltar a andar. Um ano depois, ele estava de volta. “Quando fui trabalhar nas quadras, não conseguia levantar o pé e ia com uma prótese para pé caído”.

“Tenho uma perna um pouco mais fina, sem muita amplitude, mas o pessoal nem comenta”, diz Matheus, que ainda tem uma cicatriz na testa.

Feliz com a recuperação, ele comemora o retorno às quadras, como técnico e também por hobby. “Não posso jogar como jogava antes. Jogo um pouco, consigo arremessar, brinco com meus meninos (alunos), mas sei da minha limitação. Posso correr, andar normalmente, não manco. Foi o basquete que me ajudou em fortalecimento muscular”.

Desde 2007, Matheus trabalha como treinador de basquete no Olympico. E no próprio esporte ele encontra novos objetivos , almejando até mesmo chegar à seleção. “Estudando bastante, posso chegar lá”, completa ele, que também trabalha como personal trainner.

Atleta

A paixão pelo basquete veio de família, já que o pai, José Guilherme, também conhecido no meio como Papagaio, foi presidente da Federação Mineira de Basquete. Aos nove anos, Matheus iniciou no esporte e não parou mais.

“Joguei no Minas, Ginástico, Mackenzie como profissional. Queria conciliar as competições com a faculdade e fui para os Estados Unidos. Mas na segunda temporada, quando tentava uma transferência para Nova York, em 2006, rompi o ligamento cruzado anterior do joelho direito justamente no dia do teste. Ali acabou minha carreira como jogador”, relembra Matheus .
 

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