Belmiro completa 69 anos e não vê a hora de voltar ao Galo; ele também viveu um susto nesta pandemia

Henrique André
@ohenriqueandre
27/08/2020 às 14:13.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:23

(Hugo Lobão)

Funcionário mais emblemático e logenvo da história do Atlético, o massagista Belmiro completa 69 anos nesta quinta-feira (27), sendo mais de 50 deles dedicados ao clube. Infelizmente, ao contrário de outrora, ele segue longe das atividades - Bel está sendo preservado neste período de pandemia do novo coronavírus, e acompanha o time apenas pela televisão.

Além de figurar no grupo de risco para Covid-19, Belmiro passou um grande aperto nos últimos meses. Com as fortes chuvas que caíram em BH em março, o apartamento em que ele morava com a família acabou sendo interditado por causa de infiltrações no prédio. Com isso, o massagista precisou deixar o local às pressas e até hoje está morando numa espécie de pousada, alugada pela Copasa.

"Fiquei 20 dias dormindo no chão. Aproveitei a situação para fazer uma pequena cirurgia que precisava na mão. Porém, no risco cirúrgico, deu que minha pressão estava alterada. Foi o desespero por ver meus filhos e minha esposa nervosos com aquilo que estava acontecendo na nossa casa", conta ao Hoje em Dia.

"Dá uma ansiedade danada. Não aguento mais ficar longe.Conversei no Atlético no início desta semana, mostrei que meus exames estão todos bons e agora estou aguardando que me chamem de volta. Minha expectativa era de que isso acontecesse por agora, mas com as finais do Mineiro, eles devem estar mobilizados", acrescenta.

Apaixonado pelo Atlético, clube pelo qual nutre sentimento que vai além do vínculo trabalhista, Belmiro conta os minutos para retornar à Cidade do Galo e voltar a fazer o que sabe de melhor.

"Cheguei em setembro de 1968. Eu trabalhava em uma farmácia, queria ser farmacêutico. Ao mesmo tempo fazia enfermagem, e meu professor era o doutor Abdo Arges. Ele me falou que o Atlético estava fazendo a Vila Olímpica e perguntou se eu queria trabalhar aqui, durante o tratamento. Eu queria era jogar bola, mas na minha posição tinham craques como o Lola, então não dava para mim. Mas aceitei trabalhar aqui com o maior prazer porque minha família é atleticana, e sou atleticano. De menino, me transformei num homem dentro do Atlético", contou Belmiro em entrevista concedida em fevereiro na seção Papo em Dia.

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