BH engrandece Copa do Mundo de família colombiana

Danilo Emerich - Hoje em Dia
Publicado em 19/06/2014 às 09:11.Atualizado em 18/11/2021 às 03:04.
 (EUGENIO MORAES)
(EUGENIO MORAES)
Há pouco mais de um ano, a família do administrador de empresas colombiano Augusto Torres, de 52 anos, decidiu apertar o cinto e economizar todo o dinheiro possível. O objetivo era realizar um sonho: participar de uma Copa do Mundo.
 
A viagem ao Brasil é a primeira internacional da família. Augusto está acompanhado da esposa, a comerciante Esperanza Gonzales, de 38 anos, e dos filhos Daniel, de 13, e David, de 11. O grupo ficou em Belo Horizonte por seis dias e se despediu na última terça-feira com o sentimento de que estavam em casa.
 
“Não viemos aqui só para ver os jogos. É uma experiência única e multicultural para todos. Quando poderemos viajar para um país e conviver com pessoas de outras 30 nações ao mesmo tempo? É um sonho”, disse Augusto.
 
No último dia em BH, a família passou mais uma vez pelo Mineirão e conheceu alguns cartões-postais na Pampulha, como a igreja São Francisco, projetada por Oscar Niemeyer.
 
No entanto, o que mais chamou a atenção deles foi a feira de artesanato da avenida Afonso Pena. “Nos alertaram sobre a insegurança, mas vimos o contrário. É muito tranquilo. Estamos deslocando pela cidade de ônibus”, disse Esperanza.
 
Para a família de Augusto, BH não é muito diferente da cidade onde vivem. “É mais limpa e as pessoas são atenciosas e dispostas a ajudar. Outra coisa que amamos foi a comida. Feijão-tropeiro, além de caipirinha e uma fruta chamada caqui, que não existe em nosso país. A única reclamação é quanto ao preço das coisas”, afirmou Augusto.
 
“Invasão” árabe
 
“O futebol representa para os argelinos como para os brasileiros. Está em nosso sangue”, disse o farmacêutico Chemlal Badrsoldine, de 50 anos. Ele veio a Belo Horizonte acompanhado de 50 amigos e esta também é a primeira Copa do Mundo que acompanha fora do seu país. Com apenas dois dias na cidade, a impressão era de que havia festa em todos os lugares.
 
“Sempre assistimos os mundiais pela TV e decidimos vir ao Brasil há seis meses. Achávamos que era um lugar violento e as pessoas agressivas, mas é justamente o contrário. É fantástico estar aqui”, disse Chemlal.
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