BH entre as cidades que recebem testes para seleção de futebol americano

Felippe Drummond Neto - Hoje em Dia
24/02/2013 às 15:17.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:18

(Carlos Roberto)

Quem nunca sonhou em jogar na seleção brasileira de futebol? Mas a equipe em questão não tem nada a ver com Felipão e Ronaldinho Gaúcho, muito menos com Neymar. Trata-se do futebol americano, principal esporte dos Estados Unidos, que, pela primeira vez na história da modalidade, no Brasil, terá uma seleção montada por meio do mesmo processo utilizado pela NFL (National Football League), o “Combine”.

Deste domingo até 30 de março, serão realizados testes em nove cidades, com o objetivo de buscar cerca de 60 atletas. E por ser a forma mais democrática de selecionar jogadores, é a oportunidade ideal dos apaixonados pelo futebol americano representarem o país no futuro, nos principais campeonatos da “bola oval”.

“As últimas convocações eram feitas apenas através de vídeos. Com o Combine, além de qualquer pessoa poder realizar os testes, todos os dados serão computados. Ou seja, basta treinar duro e, se for melhor que os concorrentes, você está dentro”, diz Ítalo Mingoni, que já se inscreveu e tentará uma vaga como offensive lineman – jogador da linha ofensiva que tem como função proteger o quarterback.

Preparação

De olho nessa chance, Ítalo e quatro companheiros do Minas Locomotiva, que também tentarão entrar para a seleção, já começaram a preparação para fazer bonito nos testes, algumas vezes treinando até de madrugada.

“Em momento algum nós paramos de treinar. Seguimos fazendo dietas, treinos físicos e técnicos. Treinamos sempre que dá tempo, inclusive de madrugada, já que eu e meus companheiros trabalhamos e estudamos, e o único horário que está sobrando para treinarmos é na hora de dormir”, diverte-se o defensive end Adam Araújo, o “Sargento”, como é carinhosamente chamado pelos companheiros de equipe.

Até quem já fez parte da seleção, como é o caso do nose tackle Wellington Brandão, está suando a camisa para chegar bem preparado aos testes.

“Este ano é cada um por si. Não tem essa de sou amigo do treinador ou de fulano. Quem estiver com o preparo físico e psicológico em dia, fica com a vaga. São exercícios específicos, divulgados um mês antes do Combine de Belo Horizonte. Então, todos têm a mesma chance de fazer parte da seleção”, diz Brandão.

A ideia é que, no máximo em cinco anos, a seleção nacional evolua e chegue ao grupo de elite do esporte. Para isso, além das seletivas, estão sendo planejados training camps, amistosos internacionais, disputas de eliminatórias continentais e a participação nas copas do Mundo da Federação Internacional de Futebol Americano (Ifaf) em 2015 e 2019.

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