Blatter diz que só definirá mudanças na Copa do Catar depois de 2014

Gazeta Press
Publicado em 04/10/2013 às 11:26.Atualizado em 20/11/2021 às 13:03.

Depois de cerca de dois dias de reuniões no Conselho Executivo da Fifa, o presidente da entidade, Joseph Blatter, anunciou que qualquer mudança nas datas da Copa do Mundo de 2022, no Catar, só será realizada ou definida depois do Mundial de 2014, no Brasil.

O mandatário usou sua conta no Twitter para comunicar que a decisão foi tomada em uma das reuniões do conselho da Fifa. Ele ainda disse que irá consultar todas as partes envolvidas com o evento - entre clubes, federações e televisões - antes de determinar qualquer modificação.

"O Conselho Executivo me deu a missão de informar o resultado da reunião de hoje (sexta-feira) com o novo emir do Catar. O Conselho Executivo decidiu lançar um processo de consulta entre as principais partes interessadas com relação às datas da Copa de 2022 no Catar. Nenhuma decisão será tomada antes da Copa do Mundo de 2014", informou Blatter.

Os principais dirigentes e conselheiros da Fifa vem se reunindo desde a última quinta-feira, na sede da entidade, em Zurique (Suíça), para discutir eventuais mudanças no calendário da Copa do Mundo de 2022, no Catar. Jogadores e mandatários reclamaram da realização do Mundial em junho e julho, por causa das altas temperaturas registradas no país nestes meses.

Assim, eles pediram a antecipação para janeiro, quando as temperaturas são mais amenas. A princípio, Joseph Blatter mostrou-se favorável à mudança. No entanto, a pressão de dirigentes europeus, que veriam o principal torneio de futebol do mundo ser realizado no mesmo período da Liga dos Campeões da Europa, pode fazer com que o Mundial se mantenha em junho. A única coisa certa, porém, é que tais decisões só terão tomadas depois da Copa de 2014.

Além do debate em torno da data do Mundial do Catar, Blatter falou sobre a denúncia do jornal inglês The Guardian de que o país asiático estaria usando trabalho escravo em obras do torneio. Segundo reportagem publicada pelo diário na última semana, mais de 40 trabalhadores morreram no Catar entre 4 de junho e 8 de agosto (mais da metade por problemas cardíacos ou acidentes de trabalho).

"A Fifa não pode interferir com os direitos trabalhistas de qualquer país, mas não podemos ignorá-los", limitou-se a dizer Blatter. Vale lembrar que, na última quinta-feira, durante o início das reuniões com o Conselho Executivo, a sede da Fifa foi palco de protestos de centenas de pessoas contra as condições de trabalho dos operários envolvidos nas obras da Copa do Mundo de 2022.

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