Bolt inicia busca por mais três ouros nas eliminatórias dos 100m rasos

Henrique André - enviado especial
hcarmo@hojeemdia.com.br
13/08/2016 às 12:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:21
 (Editoria de Arte)

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RIO DE JANEIRO ­– Há alguns atletas tão espetaculares e com um domínio sobre o próprio corpo tamanho que são capazes de programar um resultado e consegui-lo com exatidão, quase ignorando o que possam fazer os adversários. Encerrada a participação de Michael Phelps nas piscinas – um desses casos –, é a vez de outro monstro do esporte entrar em ação. Aliás, um monstro não, um raio. 

Desde o começo de 2008, quando passou a assombrar o mundo com suas marcas para os 100m e 200m rasos, o mundo se pergunta se e quando Usain Bolt será batido, e até onde ele pode chegar. Por enquanto, o retrospecto registra seis ouros olímpicos e três títulos mundiais (nas duas provas e no revezamento 4x100m), além dos recordes mundiais. Números que têm tudo para mudar a partir de hoje, quando ele disputa as fases classificatórias dos 100m rasos na pista do Estádio Olímpico. E desfila velocidade e carisma para a alegria do público e das câmeras.

Difícil imaginar que os compatriotas Asafa Powell e Yohan Blake e o norte-americano Justin Gatlin (Tyson Gay está escalado apenas para o revezamento) consigam ameaçar a supremacia do homem mais rápido do mundo. Apesar da contusão na coxa direita que prejudicou sua participação nas seletivas jamaicanas, em julho, a volta às competições na etapa de Londres da Diamond League deixou claro que ele está mais pronto do que nunca – venceu os 200m em 19s89 sem forçar.

No Rio, o velocista alternou a reclusão total (preferiu ficar em um hotel próximo ao Aeroporto do Galeão, não muito distante do Cefan, da Marinha, onde tem treinado) às aparições estilo Bolt, como quando posou ao lado de passistas de escola de samba num evento de seu patrocinador e do time jamaicano. E nas poucas palavras que deixou escapar para a imprensa, deixou claro que sonha fazer como em Pequim, quando se deu ao luxo de vencer as duas finais com recordes mundiais. Salvo uma zebra de proporções olímpicas, o raio tem tudo para, de novo, sobrar na turma.

Na trave
E o Brasil esteve muito próximo de uma medalha no primeiro dia de disputas do atletismo. Na marcha atlética de 20 quilômetros, o brasiliense Caio Bonfim cruzou a linha em quarto lugar, a apenas seis segundos do australiano Dane Smith, que foi bronze. Ouro e prata foram para a China, com vitória de Zhen Wang e prata para Zhelin Cai. Nos 10.000m rasos femininos, ouro e recorde mundial para a etíope Almaz Ayana (29min17s45). Sua compatriota Tirunesh Dibaba, que lutava pelo tri, ficou em terceiro (a queniana Vivian Cheruyiot levou a prata).

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