Bolt sobra, ganha ouro nos 200m e volta a bater Gatlin em Pequim

Estadão Conteúdo
Publicado em 27/08/2015 às 10:27.Atualizado em 17/11/2021 às 01:31.
 (Olivier Morin)
(Olivier Morin)

A medalha de ouro nos 100m deu fortes indícios de que Usain Bolt voltou a ser o maior velocista da atualidade. O tetracampeonato nos 200m, obtido nesta quinta-feira (27) no Mundial de Pequim, deixou claro que não existe a menor dúvida disso. Não há e talvez nunca haverá um atleta como Bolt.

Justin Gatlin é um rival de respeito, pelo menos no cronômetro. O norte-americano, que tem seis anos de suspensões por doping no currículo, chegou ao Mundial como líder do ranking nos 100m e nos 200m e vai voltar de Pequim sem nenhuma medalha de ouro individual. Sua única esperança é vencer o revezamento 4x100m.

Nos 200m, chegou a Pequim gabaritado pela quinta melhor marca da história - 19s57, que fez na etapa de Eugene da Diamond League. Bolt, por sua vez, fez temporada ruim, prejudicado por lesão. Em teoria, era zebra. Mas, na prática, é imbatível.

Na final desta quinta-feira, no Ninho do Pássaro, Bolt largou mal (como sempre) e entrou na reta pouquíssimo à frente de Gatlin. O norte-americano chegou a dar a impressão de que poderia passar, mas era o jamaicano que estava em aceleração maior. A cada passada a vantagem ficava maior.

Quando faltavam cerca de 20 metros para a linha de chegada, Bolt já relaxava. Antes de completar a prova, já batia no peito para comemorar o tetracampeonato, com o tempo de 19s55, melhor da temporada e o quinto melhor resultado dele na carreira nesta prova.

Gatlin completou em 19s74 - também quinta melhor marca da carreira -, atrás o suficiente para Bolt relaxar nos metros finais e, mais uma vez, deixar a impressão de que poderia fazer mais. Mas, como nunca, desta vez o jamaicano cansou a ponto de sentar em uma cadeira em meio à comemoração. Também o sul-africano Anaso Jobodwana fez festa, com bronze e recorde nacional: 19s87.

Aos 29 anos recém-completados, Bolt é tetracampeão mundial dos 200m (2009 a 2015), tri dos 100m (2009, 2013 e 2015) e do revezamento 4x100m (2009 a 2013). Também é bicampeão olímpico dessas três provas. Em grandes competições, só não venceu os 200m e o revezamento 4x100m no Mundial de Osaka, em 2007 (faturou a prata) e os 100m em Daegu, em 2011 - queimou a largada.


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