O jovem Brandonn Almeida, de 19 anos, voltou a bater o recorde mundial júnior dos 400m medley, que já era dele desde esta mesma época do ano passado. A marca obtida nesta quinta-feira no Torneio Open de Natação, porém, não será homologada pela Federação Internacional de Natação (Fina) porque a competição não conta com controle antidoping.
De acordo com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), ela confiava que os exames seriam realizados pela Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), com quem tem acordo desde o ano passado. Mas, procurada nas últimas semanas, não obteve resposta.
No fim de semana, a ABCD foi suspensa pela Agência Mundial Antidoping (Wada), porque o Brasil não se adequou ao Código Mundial Antidoping, que exigia a criação de um tribunal antidoping único. No País, cada confederação esportiva de modalidade tem seu próprio tribunal.
De acordo com o Ministério do Esporte, a ABCD não poderia atuar em Palhoça (SC) onde acontece o Open. "A decisão da Wada de declarar o Brasil em não conformidade com o Código Mundial Antidoping (Code, na sigla em inglês) resultou na impossibilidade de a ABCD fazer controles de doping. Segundo orientação do Code, em caso de não conformidade da autoridade nacional de controle de dopagem, a instituição esportiva deverá contratar empresa de coleta particular, e a federação internacional da modalidade passa a ser a autoridade de teste", diz a pasta.
Nesta quinta, novamente na piscina da Unisul, onde bateu o recorde mundial júnior da prova no ano passado, Brandonn venceu os 400m medley com 4min12s49, nova melhor marca mundial para atletas até 20 anos e 11.º lugar do ranking. Também seria um tempo suficiente inclusive para colocá-lo na final dos Jogos Olímpicos do Rio. Em agosto, ele foi eliminado com 4min17s25.
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