Brasil defende contra o México invencibilidade diante dos 'coadjuvantes' em Copas

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
27/06/2018 às 16:56.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:02

(Arquivo/Hoje em Dia)

O Brasil coloca a prova no duelo diante do México, na próxima segunda-feira, às 11h (de Brasília), em Samara, pelas oitavas de final do Mundial da Rússia sua eterna invencibildiade diante dos chamados “coadjuvantes” em partidas de Copa.

A geografia da Fifa é própria. A entidade não considera a América um continente único. Ela é dividida em duas partes. A América do Sul forma a Conmebol e a América do Norte, Central e Caribe a Concacaf. Além disso, apesar de estar na Oceania, por questões técnicas, a Austrália participa das competições organizadas pela entidade máxima do futebol pela Ásia.

Nas 20 edições de Copa já disputadas, apenas sul-americanos e europeus já chegaram à final. Seleções da África, Ásia, Oceania e América do Norte, Central e Caribe alcançaram, no máximo, as semifinais, mesmo assim, isso só aconteceu duas vezes, com os Estados Unidos, terceiro colocado em 1930, no Uruguai, e Coreia do Sul, quarta em 2002, quando dividiu a organização da Copa com o vizinho Japão.

O confronto desta segunda-feira, contra o México, será o 21º da Seleção Brasileira contra os “coadjuvantes” em Copas do Mundo. E nos 20 jogos anteriores, foram 19 vitórias e apenas um empate, por 0 a 0, justamente com o México, na segunda rodada da fase de grupos de 2014, em partida que teve o goleiro Ochoa, que estará em campo em Samara na próxima segunda-feira, eleito o melhor em campo pela Fifa.

O México é o principal adversário “coadjuvante” da Seleção em Copas do Mundo, pois eles irão se enfrentar pela quinta vez. O Brasil soma três vitórias e aconteceu ainda o empate de 2014.

Dos 20 confrontos do Brasil contra “coadjuvantes” em Copas, 18 foram pela fase de grupos. O de segunda-feira será o terceiro pelas oitavas de final, sendo que os dois anteriores foram históricos.

Em 4 de julho de 1994, com um jogador a menos em campo, pois Leonardo foi expulso aos 41 minutos da primeira etapa, por dar uma cotovelada em Tab Ramos, o Brasil fez 1 a 0 nos Estados Unidos no dia em que eles comemoravam a sua Independência. O jogo ficou marcado pela declaração de Bebeto, autor do gol, a Romário, que lhe fez a assistência, dizendo: “Eu te amo”.

Doze anos depois, na Alemanha, o Brasil encarou Gana nas oitavas de final. E o gol de Ronaldo logo aos cinco minutos de jogo fez do Fenômeno o maior artilheiro geral da história das Copas, com 15 gols, um a mais que o alemão Gerd Müller, que marcou 14.

Curiosamente, em 2014 o feitiço virou contra o feiticeiro, pois Ronaldo perdeu em casa, assim como Müller, a condição de maior goleador geral dos Mundiais, e para um alemão, Klose, que com seu gol nos 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil chegou a 16.

HISTÓRIA

Único país a participar de todas as Copas do Mundo disputadas, o primeiro jogo do Brasil contra um “coadjuvante” foi diante do México. Ele aconteceu na abertura do Mundial de 1950, quando a Seleção fez 4 a 0 num Maracanã que ainda não estava totalmente pronto.

Desde 1982, o Brasil sempre encara pelo menos um “coadjuvante” em Copa. O recorde foi registrado em 2006, na Alemanha, quando o Brasil teve Austrália e Japão como adversários na fase de grupos e ainda encarou Gana nas oitavas de final.

MÉXICO

Os outros jogos do Brasil contra o México em Copas, além do 0 a 0 de 2014 e dos 4 a 0 de 1950, aconteceram em partidas de estreia da Seleção. Em 1954, em Genebra, foi alcançado o maior placar com um 5 a 0.

A campanha do bicampeonato mundial, em 1962, no Chile, começou com um 2 a 0 sobre o México, com Pelé marcando seu único gol naquela competição, pois na partida seguinte, contra a Tchecoslováquia, ele sofreu uma lesão muscular e não entrou mais em campo.

Pela primeira vez as duas seleções fazem um confronto de mata-mata na Copa. Nos quatro anteriores, o México sofreu 11 gols e não marcou nenhum. Se depender de retrospecto, a vaga brasileira nas quartas está próxima. Mas num Mundial marcado pelas surpresas, é melhor apostar na velha máxima de que “o jogo é jogado e o lambari é pescado”.

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