Apesar de ser considerado um dos países com chance de terminar a Copa do Mundo de Basquete no pódio, o Brasil encara o torneio precisando de um resultado honroso para apagar de vez os vexames dos últimos anos. Para isso, nada melhor do que ter na estreia a França, atual campeã europeia, às 13h deste sábado (de Brasília), no Palácio dos Esportes, em Granada, na Espanha.    Após um fiasco na Copa América de 2013 (quatro derrotas em quatro partidas), o Brasil não conseguiu conquistar a vaga na Copa do Mundo da Espanha dentro de quadra, e precisou “comprar” o convite. A Federação Internacional de Basquete (Fiba) exige dos países convidados a “doação” de 1 milhão de francos suíços (cerca de R$ 2,72 milhões). Assim, abrindo o cofre, o Brasil mantém a tradição de estar presente em todos os mundiais.   Mas os jogadores não escondem que além de apagar o passado recente da seleção, também querem acabar com o tabu de 36 anos desde o último pódio em Copas do Mundo, em 1978, nas Filipinas, quando o Brasil terminou em terceiro lugar. Para isso, o técnico Rubén Magnano conversou pessoalmente com cada atleta e conseguiu reunir força máxima.    Quinteto   O Brasil tem seu quinteto titular formado com dois pivôs, dois armadores e um ala. Leandrinho e Marcelinho Huertas são os responsáveis pela criação, e Nenê e Thiago Splitter brigam pelo domínio do garrafão. Anderson Varejão é o curinga, que ajuda na força e na técnica, além de liderar a equipe nos rebotes. Banco de reservas   A seleção conta com ótimas opções no banco. Destaque nos amistosos, o armador belo-horizontino Raulzinho reveza com Marcelinho Huertas. Além dele, o grupo tem Marcelinho, Marquinhos, Rafael Hettsheimeir, Guilherme Giovannoni e Alex Garcia como opções para abrir mais o jogo.   Garrafão   Com média de idade de 31 anos e 2,01m de altura, o Brasil é talvez o time com mais força quando o assunto é o garrafão. Nenê, Thiago Splitter e Varejão podem brigar pelas bolas tanto no ataque quanto na defesa. O time sabe desse potencial e gosta de usar o ponto forte, com jogadas de infiltrações, com Leandrinho e Marcelinho Huertas. Marquinhos, Alex, Marcelinho e Giovannoni, em quadra, se tornam opções para arremessos de três pontos.   Favoritos   Não é segredo para ninguém que Estados Unidos e Espanha começam o mundial como os dois principais favoritos. Mesmo sem levar o que tem de melhor, os EUA contam com Anthony Davis, James Harden, Kenneth Faried e Derrick Rose.   Já os espanhóis, liderados pelos irmãos Gasol, contarão com o apoio local para desbancar os norte-americanos. Além de Brasil e Argentina, outras seleções podem surpreender, como os europeus da França, que não terão o armador Tony Parker, Croácia, Lituânia, Grécia, Rússia, Sérvia e Eslovênia, que apresentam um bom basquete, especialmente atrás da linha dos três pontos.   24 seleções brigando pelo título   Na primeira fase, as 24 seleções, divididas em quatro grupos de seis, jogam entre si, em turno único. As quatro primeiras colocadas em cada chave se classificam para as oitavas de final, nos seguintes cruzamentos:  A1 x B4, B1 x A4, C1 x D4, D1 x C4, A2 x B3, B2 x A3, C2 x D3 e D2 x C3. Os ganhadores disputam as quartas de final, semifinal e final.

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