“São 18 jogos, mais que o dobro do que acontece na Europa, então muda muito o time. São três anos de Eliminatórias, muitos que começam não são aqueles que terminam”. A definição do meia Kaká é perfeita para o que viverá a Seleção Brasileira a partir desta quinta-feira (8), quando inicia a briga por uma vaga na Copa do Mundo da Rússia, em 2018, encarando o Chile, às 20h30, no Estádio Nacional, em Santiago.
As três Eliminatórias anteriores que o Brasil jogou no modelo atual, para os Mundiais de 2002, 2006 e 2010, mostraram que o longo período da disputa realmente faz com que muitas mudanças aconteçam entre o time que briga pela vaga na Copa e aquele que vai disputar a competição.
Na Copa da Coreia do Sul e Japão, em 2002, aconteceu uma verdadeira metamorfose numa comparação entre a equipe que começou as Eliminatórias e que estreou diante da Turquia, dois anos depois.
Oito jogadores que participaram do empate sem gols com a Colômbia, em Bogotá, sequer foram à Coreia do Sul e Japão. Até o técnico Vanderlei Luxemburgo ficou de fora. E o esquema tático foi mudado, com o 4-4-2 dando lugar ao 3-5-2, que foi usado por Luiz Felipe Scolari na conquista do penta.
Manutenção
Em 2006, menos jogadores ficaram pelo caminho, pois apenas três titulares que estrearam nas Eliminatórias não foram ao Mundial da Alemanha. Assim como já tinha acontecido em 2002, o meia Alex, ex-Cruzeiro, foi um deles, sendo preterido por Carlos Alberto Parreira na última chance que tinha de disputar uma Copa.
Mas a equipe passou por uma grande mudança na sua estrutura ofensiva, pois foi durante as Eliminatórias que surgiu o “Quadrado Mágico”, formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano.
O quarteto era a grande aposta de Parreira na Alemanha, mas a falta de compromisso do grupo acabou decretando um Mundial de más recordações para o futebol brasileiro.
Confira análise do jornalista Alexandre Simões
R10 fora
Em 2010, na Copa da África do Sul, também foram três integrantes do time que estreou nas Eliminatórias que ficaram fora do Mundial.
O mais famoso deles o meia Ronaldinho Gaúcho, que durante o Mundial de 2010 tinha apenas 30 anos, mas foi preterido pelo técnico Dunga.
Mistério
Assim como já tinha acontecido na terça-feira (6), o treinamento de quarta-feira (7) da Seleção, no campo da Universidad Católica, também foi fechado para a imprensa.
O trabalho não foi no Estádio Nacional, local da partida desta quinta-feira (8), porque o regulamento impede que os jogadores usem chuteira. Como o gramado estaria molhado, o técnico Dunga ficou com medo de que alguém pudesse se machucar pelo uso de tênis, o que provocaria muitos escorregões e quedas.
Apesar do mistério de Dunga, a única dúvida fica mesmo entre Elias e Fernandinho como segundo volante, à frente de Luiz Gustavo.
A defesa deve ser formada por Marcelo Grohe; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Filipe Luís. O trio de meias contará com Oscar, Willian e Douglas Costa. Hulk será o jogador de frente.
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