A tradicional eleição "Rei da América", promovida desde 1986 pelo jornal uruguaio El País, trouxe uma triste notícia para o futebol brasileiro: nenhum atleta tupiniquim foi lembrado para integrar a seleção do ano, elaborada através de enquete realizada com jornalistas de todo continente.
Segundo o levantamento, o grande destaque do continente foi o atacante colombiano Téofilo Gutiérrez, do River Plate. O atleta "cafeteiro" recebeu 102 votos, 63 de distância para o meia-direita uruguaio Carlos Sanchez, seu companheiro de clube. O armador Leonardo Pisculichi, também dos "Millonarios", completa o "pódio", com 30 menções.
O resultado quebra a sequência de três triunfos consecutivos do Brasil na eleição. Em 2011 e 2012, Neymar foi eleito o principal jogador do continente, quando ainda defendia o Santos. No ano seguinte, foi a vez de Ronaldinho Gaúcho faturar o posto de "Rei da América", após levar o Atlético ao título da Copa Libertadores.
Nem mesmo o ano espetacular do futebol mineiro conseguiu fazer com que o futebol brasileiro ganhasse destaque no pleito. Para se ter uma ideia, o volante do Cruzeiro Lucas Silva foi o atleta tupiniquim mais vezes votado no "Rei da América', com oito menções, o que lhe rendeu o sétimo lugar geral na eleição.
Na votação para treinadores, o Brasil também passou longe do topo. Quem faturou o prêmio foi o argentino José Pekerman, comandante da seleção colombiana, que recebeu 84 votos. Ele superou o compatriota Alejandro Sabella, vice-campeão da Copa do Mundo com a Albiceleste.
Confira os atletas eleitos:
Goleiro:
Barovero (Argentina)
Defensores:
Bocanegra (Colômbia), Gentiletti (Argentina) e Vangioni (Argentina)
Meias:
Sánchez (Uruguai), Aránguiz (Chile), Ortigoza (Paraguai) e Pisculichi (Argentina)
Atacantes:
Piatti (Argentina), Téo Gutiérrez (Colômbia) e Cardona (Colômbia)