Brasileiro de pole dance em SP embala crescimento da modalidade

Gazeta Press
30/09/2013 às 09:16.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:53

A cidade de São Paulo recebeu uma edição do Campeonato Brasileiro de pole dance pela primeira vez no último final de semana. Satisfeitos com o bom público nos dois dias de disputa, os organizadores esperam que o evento na capital paulista sirva para embalar o crescimento da modalidade como esporte e, principalmente, para acabar com o preconceito.

"O intuito é mostrar à sociedade que o pole dance é uma atividade física, um esporte que todo o mundo pode praticar. Na verdade, é uma forma diferente de se exercitar. Muitas vezes, as pessoas não fazem atividade física porque não gostam dos esportes tradicionais. O pole dance é uma atividade lúdica e quem entra se apaixona, não quer mais sair", explica Mari Silva, presidente da Federação Paulista e uma das organizadoras do Brasileiro.

Além da quinta edição do torneio nacional, foram realizados o terceiro Campeonato Paulista e a escolha da miss pole dance Brasil. Mais de 100 competidores de 10 estados, de Sergipe ao Rio Grande do Sul, participaram das atividades. Do lado de fora do teatro que abrigou o evento, transmitido pela Internet, expositores vendiam tornozeleiras, luvas, barras e produtos para aumentar a aderência, entre outros.

Na plateia, pais e namorados torciam e fotografavam as competidoras durante as apresentações de três minutos. "O preconceito ainda existe, mas diminuiu e está cada vez menor graças a eventos esportivos como esse. As pessoas precisam mudar um pouco o modo de pensar, porque é uma modalidade totalmente técnica, acrobática e difícil. Temos que respeitar os atletas, já que eles treinam muito", diz Mari Silva.

A prática, originada em casas de entretenimento adulto, vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil como esporte, inclusive entre os homens. Em São Paulo, os competidores se dividiram nas categorias amador e profissional masculino e feminino, além das duplas - em algumas ocasiões, os duetos eram formados por irmãs gêmeas.

"No fundo, é uma atividade até mais masculina do que feminina de tanta força que você precisa ter para praticar os movimentos", explica Mari Silva. "É uma junção de dança e esporte. Tem que pessoas que gostam de praticar a parte mais fitness e acrobática. Quando você une isso com a dança, com a parte artística, fica muito lindo", acrescentou.

A cada apresentação, os competidores eram avaliados pelo júri. Todos incluíram em suas rotinas 12 movimentos obrigatórios e foram julgados em distintos aspectos, como figurino e atuação no solo. Com alguns elementos da ginástica, a modalidade exige força e precisão - há quem sonhe com a inclusão do pole dance no programa dos Jogos Olímpicos.

O maior expoente da modalidade no Brasil é Rafaela Montanaro. Sobrinha do ex-jogador de vôlei José Montanaro Júnior, prata nos Jogos de Los Angeles-1984 com a Seleção Brasileira, ela ganhou respeito internacional ao se destacar em alguns dos mais importantes eventos da categoria, como Miss Pole Dance World e o International Pole Championship.

A quinta edição do Campeonato Brasileiro contou com algumas presenças ilustres do exterior: a norte-americana Michelle Stanek, a italiana Caterina Gennaro e a francesa Lolo Hilsum. Na tentativa de difundir a modalidade no País e trocar conhecimento, os organizadores do evento promoveram workshops com as estrelas internacionais de pole dance.

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