Brasileiros e Argentinos reforçam hegemonia no futebol sul-americano

Agência Brasil
30/08/2019 às 16:35.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:18
 (Diego Haliasz / Prensa River)

(Diego Haliasz / Prensa River)

O River Plate, da Argentina, empatou por 1 a 1 com o Cerro Porteño, do Paraguai, nesta quinta-feira (29), no estádio La Olla Azulgrana, em Assunção no Paraguai e garantiu classificação para as semifinais da competição. Os argentinos jogaram com a vantagem após terem vencido o jogo de ida em casa na última semana por 2 a 0.

Sendo assim, de um lado do chaveamento, o River Plate encara o Boca Juniors, rivais no país. E na outra ponta, Flamengo e Grêmio se enfrentam em busca de uma vaga na final, que terá o Chile como país-sede da decisão.

As datas das partidas estão marcadas para os dias 2 e 23 de outubro.

Esta é a 15ª vez que teremos uma final de Libertadores entre brasileiros e argentinos. A última vez que isso aconteceu foi em 2017, nesta edição o Grêmio derrotou o Lanús na decisão. Entre as disputas dos dois países, o Brasil levou a melhor em cinco e a Argentina conquistou nove.

Confira quantas vezes os possíveis finalistas de 2019 já disputaram uma final entre Brasil e Argentina pela Libertadores:

Flamengo – Nunca chegou, a única vez que o clube disputou uma final da competição foi em 1981, enfrentou o Cobreloa do Chile e levou título.

Grêmio - Chegou em três oportunidades, em duas vezes foi vice (1984 e 2007) e em uma campeão (2017).

Boca Juniors - Chegou em seis oportunidades, em duas vezes foi vice (1963 e 2012) e quatro campeão (1977, 2000, 2003 e 2007).

River Plate - Chegou uma vez e foi vice para o Cruzeiro (1976)

O comentarista da Rádio Nacional Mario Silva comenta sobre uma nova decisão entre os dois países. "Mostra força do futebol dos dois países no continente. No momento são as grandes equipes, apesar de o Grêmio não estar bem no Campeonato Brasileiro. Um fator que vai ser importante será a neutralidade na decisão (partida única, no Chile)" disse.

Levando em consideração todas as edições, nova vantagem para os argentinos, quem possuem 25 títulos, o Brasil vem na sequência com 18, o Uruguai é o terceiro com oito, Paraguaios e colombianos seguem com três. Chile e Equador têm um cada. Bolivianos e venezuelanos nunca conseguiram sequer um vice-campeonato.

Mário Silva fala sobre a vantagem das duas bandeiras que mais acumulam títulos. "Lá atrás tinha uma divisão maior, ou seja, Argentina, Brasil e Uruguai tinha os países mais forte. De repente alguns países como Colômbia, Equador, Chile, Paraguai, os clubes destes países começaram a subir. Mas no momento, como os grandes jogadores vão atuar em clubes europeus, até mesmo os da Venezuela, isso enfraquece os clubes. Por outro lado, os jogadores brasileiros e argentinos que foram para a Europa começaram a voltar para alguns clubes de seus países e isso fortaleceu", avalia.

O comentarista também fala sobre um possível enfraquecimento da Libertadores em função da disparidade entre os países. "Fica muito restrito, acaba enfraquecendo um pouco o outro lado e fica muito fácil. Acho que pode tirar a graça, porque o equatoriano, o boliviano, entre outros, podem perder a vontade de assistir por causa da disparidade. Até mesmo os uruguaios, que já foram uma força no futebol sul-americano", completa.

Os números acima destacam o abismo entre os países no futebol sul-americano, somente Brasil e Argentina venceram 43 vezes a Libertadores, o que corresponde a 72,8% das 59 edições.

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