Bruno Soares, oitavo melhor jogador no ranking de duplas da ATP, passou nesta quarta-feira por São Paulo, para divulgar o patrocínio de uma marca de artigos esportivos. O mineiro chegou à final das duplas mistas em Wimbledon, na qual ele e sua parceira, a norte-americana Lisa Raymond, foram derrotados pelo canadense Daniel Nestor e pela francesa Kristina Mladenovic.
As duplas mistas são torneios disputados apenas em Grand Slams e nos Jogos Olímpicos. O foco do jogador, obviamente, são os torneios de duplas masculinas. Neste ano, Soares e seu parceiro, o austríaco Alexander Peya, já conquistaram quatro títulos (Barcelona, São Paulo, Eastbourne e Auckland) e ele aposta que outros podem vir. "Nossa dupla tem muito potencial", afirmou.
Na Copa Davis, na qual ele reativa a dupla com Marcelo Melo, Bruno conseguiu bater, em fevereiro, a parceria dos irmãos gêmeos norte-americanos Bob e Mike Bryan, a melhor do mundo, que fechou recentemente o chamado "Golden Bryan Slam", a conquista dos quatro títulos do Grand Slam acrescida do ouro olímpico. "Para derrotar os Bryans na casa deles, só estando mesmo num dia muito especial, com tudo dando certo".
O jogador de 31 anos começou a se dedicar às duplas em 2007, após se curar de uma grave e rara lesão no joelho, uma inflamação do trato iliotibial. Ao trocar a discreta carreira em simples pelas duplas, finalmente se encontrou. Ele está próximo de realizar a meta de disputar o ATP Finals, que será novamente em Londres este ano. Sua dupla com Peya está em segundo lugar - as oito melhores se classificam.
O sucesso de Bruno, bem como o de Melo (que chegou à final de Wimbledon com o croata Ivan Dodig; sua dupla está em sétimo lugar) e de André Sá nas duplas tem explicação. "Nós nos formamos num clube, o Minas Tênis, onde se joga muito duplas".
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