(Pedro Souza/Atlético)
Apresentado oficialmente nesta sexta-feira (8) como novo diretor-executivo do Atlético, Rodrigo Caetano foi sabatinado pela imprensa, por meio de entrevista remota, e um dos assuntos abordados com o sucessor de Alexandre Mattos foi em relação à tão falada "mudança nas categorias de base".
Conforme informou o Hoje em Dia, a saída do atual coordenador, Júnior Chávare, é dada como imininente nos bastidores, e a chegada de Erasmo Damiani, ex-chefe da base da CBF, onde foi campeão olímpico, e atualmente no Internacional, ex-clube de Caetano, ganha força com o passar dos dias. No Sul do país, inclusive, a imprensa já afirma que negociações estão em andamento para tal desfecho.
Na defensiva e cauteloso, Rodrigo Caetano preferiu rechaçar qualquer tipo de mudança neste momento. Pelo menos, nesta semana que vai chegando ao fim.
"Os dois dias que tenho tido aqui foram - estão sendo - extremamente intensos. Não posso chegar a um clube do tamanho do Atlético, com a estrutura que tem, e chegar impondo situações e condições. Não é o meu perfil. Como eu disse, eu trabalho muito na questão do trabalho e suporte para a comissão técnica, mas também na questão estruturante e administrativa do clube. O momento é de diagnóstico", destacou o diretor-executivo de 50 anos.
"Não tem nenhum nome neste momento. E todo e qualquer tipo de projeção e planejamento vai ser realmente de economia interna, como se utiliza a expressão no futebol. Em relação a qualquer mudança, não tenho nem competência suficiente para fazer tal avaliação. Nós vamos buscar o maior número de informações possível para, aí sim, como o diagnóstico preciso, apresentar para o presidente e o órgão colegiado as nossas sugestões com um pouco mais de fundamentação em relação às informações. Então, não existe nenhuma negociação nem de saída, nem de chegada, de qualquer outro cargo, pelo menos no presente momento. Isso não é pauta neste momento, e sim planejar a temporada 2021", acrescentou.
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Em relação à especulação de que o Atlético teria feito oferta ao lateral-direito colombiano Orejuela, emprestado pelo Cruzeiro ao Grêmio, Caetano preferiu responder generalizando, sem citar especificamente o jogador de 25 anos.
"Nós estamos planejando e discutindo. Já tivemos uma primeira reunião com o Sampaoli e a comissão técnica, mas no sentido de planejar a temporada de 2021 e não o final da temporada de 2020, que finda agora em 2021. São coisas distintas. Daqui até lá, temos que apoiar este grupo, estes atletas. Esse tipo de projeção em relação à temporada que se inicia no final de fevereiro tem que ser de forma silenciosa, senão nós vamos estar desviando o nosso foco. E o nosso foco daqui até lá, no campo, é a busca do título, não resta a menor dúvida disso", respondeu o dirigente.