Campeã olímpica, Sarah Menezes faz ‘reciclagem’ no Minas

Felippe Drummond Neto - Hoje em Dia
15/10/2014 às 07:55.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:37
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Campeã olímpica em Londres (2012), a judoca Sarah Menezes desembarcou em Belo Horizonte para um período especial de treinamento buscando aprimorar ainda mais sua técnica.

Segunda colocada do ranking mundial na categoria até 48 kg, a atleta permanecerá na capital até o sábado, treinando no Minas juntamente com a delegação da Grã-Bretanha, que chegou à cidade na semana passada para um intercâmbio com a equipe do clube da Rua da Bahia.

A visita surgiu de um convite da amiga e colega de seleção brasileira Ketleyn Quadros. “Ela me contou que a equipe britânica estaria aqui e isso me animou bastante. Na minha cidade (Teresina), tenho poucas pessoas para treinar. Por isso, não pensei duas vezes. Vim correndo”, conta Sarah.

A judoca quer aproveitar a oportunidade para treinar com adversários diferentes. “Apesar de não ter ninguém da minha categoria, é importante poder estar com outros atletas. O judô é um esporte que, ao mesmo tempo, exige individualismo e coletividade. A gente treina com várias pessoas, cada uma com um estilo próprio e um golpe melhor. Com isso, vamos aprendendo e evoluindo a cada dia”, explica a atleta.

Sentindo-se em casa no Minas, cujas cores inclusive já representou no Grand Prix de Clubes de 2011, quando a equipe conquistou o título, Sarah Menezes se prepara para a disputa do Grand Slam de Tóquio, marcado para o fim de novembro. Mais visada pelas adversárias desde da conquista do ouro olímpico, a judoca diz que não mudou muito a forma de preparação.

“Encaro da mesma maneira de antes. Nas competições, busco sempre sair com uma medalha, sem me importar com a cor. O que me preocupo é em estar lutando bem, dando o meu máximo e me dedicando. Se consigo tudo isso, fico satisfeita”, define Sarah.

Minientrevista

Como você avalia o momento da Seleção Brasileira de Judô?

É um momento especial. Praticamente em todas as categorias, temos judocas bem colocados e com títulos importantes, enquanto antigamente tínhamos bons atletas apenas em algumas categorias. Acredito que estamos evoluindo e vamos chegar em 2016 ainda mais fortes.

Como você encara o desejo do COB de terminar a Olimpíada entre os dez primeiros no quadro de medalhas?

Temos condição de chegar muito bem ao Rio e conquistar muitas medalhas no judô, mas vai depender de como a cabeça dos atletas estará no momento das provas. Poucos entendem que, no judô, os melhores resultados dependem muito da cabeça do atleta no dia da competição. Às vezes o judoca se dedica muito, está bem treinado, mas na hora que sobe no dojô ‘dá um branco’.

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