Campeonato Mineiro põe amigos em lados opostos

Alberto Ribeiro, Frederico Ribeiro, Guyanne Araújo E Henrique André - Hoje em Dia
01/02/2015 às 07:35.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:51

Quando entrarem em campo a partir de hoje para a disputa do Campeonato Mineiro, os grandes clubes da capital trarão consigo toda rivalidade de 93 conquistas somadas ao longo das 100 edições do Estadual. Porém, para três conhecidos de longa data nos gramados, será uma oportunidade de reencontro, agora na área à beira do campo.   Os treinadores Givanildo Oliveira (América), Levir Culpi (Atlético) e Marcelo Oliveira (Cruzeiro) compartilham histórias desde a década de 70, quando ainda eram jogadores.   Em 1975, o então zagueiro Levir ostentava cabelos compridos. Ao lado dele, nos pôsteres do Santa Cruz-PE, aparecia o volante Givanildo, adepto do estilo “black power”. “Ele era daqueles jogadores de saída de bola, técnico e habilidoso”, lembra o técnico do Galo.   Naquele ano, a Cobra Coral chegou à semifinal do Brasileirão após vencer o Palmeiras dentro do Parque Antárctica e o Flamengo em pleno Maracanã. Mas acabou eliminada pelo Cruzeiro, em um lance duvidoso, segundo Levir. “Tínhamos um dos melhores times do Brasil. Teve gol impedido naquele jogo”, diz o atleticano, também elogiado pelo ex-companheiro de clube.   “Ele era um bom zagueiro, jogava bem mesmo. Até hoje, somos amigos e nos falamos por telefone de vez em quando”, conta o comandante americano.   Na época, o também cabeludo Marcelo Oliveira comandava o meio de campo do Galo. Hoje bicampeão brasileiro no comando da Raposa, ele relembra um duelo contra os pernambucanos disputado no Recife, no qual o amigo Levir acabou levando a pior.   “Ele saiu torto de campo por minha causa”, brinca o técnico celeste, aos risos. “Foram dois dribles desconcertantes. Primeiro, eu mandei a bola para um lado e ele para o outro. Depois, na volta, ele levou outro drible. Chutei, mas o goleiro pegou”, detalha.   “Vingado” na final da Copa do Brasil do ano passado, Levir não deixa o amigo mentir. “O Marcelo era um craque. A gente conversa sobre esse jogo até hoje e é motivo de risada. Na época, eu fiquei bravo, lógico. Mas virou piada”, admite.   Ao todo, entre 1973 e 1978, Atlético e Santa Cruz se enfrentaram seis vezes. Givanildo, Levir e Marcelo, porém, só estiveram simultaneamente em campo em uma das partidas, no empate em 3 a 3 no estádio Arruda, pela primeira fase do Brasileirão de 1974 – naquele jogo, o atual técnico do Cruzeiro anotou dois gols com a camisa alvinegra.   O duelo mais repetido foi entre Givanildo e Marcelo, que se enfrentaram em cinco das seis oportunidades. Foram duas vitórias do Santa Cruz, uma do Atlético e mais três empates.   Na área técnica   Já como treinadores, Levir e Marcelo novamente tiveram os destinos cruzados em 2001, quando o primeiro deixou o Galo e foi substituído interinamente pelo colega. Depois, em 2006, foram funcionários do clube simultaneamente, no profissional e na categoria de base, respectivamente. “O Levir é um irmão, sempre estamos em contato”, finaliza Marcelo.   Raposa tem desfalques, e Galo vai a campo com força total   Sem condições legais de jogo, a maioria dos reforços contratados pelo Cruzeiro para a temporada não foram relacionados pelo técnico Marcelo Oliveira para a estreia da Raposa no Estadual contra o Democrata.   Dentre as novidades, o treinador só poderá escalar os atacantes Leandro Damião e Joel. Enquanto isso, o torcedor terá de esperar para ver os laterais Mena e Fabiano, o volante Felipe Seymour, o meia De Arrascaeta e o atacante Riascos em um jogo oficial.   Com opções reduzidas, Oliveira confirmou o garoto Eurico no meio. “Quero corresponder à altura essa chance e mostrar que, quando precisar, sempre estarei pronto. O Marcelo nos dá total segurança”, afirmou o jovem da base.   Levir Culpi, por sua vez, deve mandar a campo o time titular do Atlético. Depois de sentirem dores no treino coletivo de sexta-feira, o lateral-esquerdo Douglas Santos e o meia Dátolo participaram normalmente das atividades de ontem e não devem ser problema para o duelo contra o Tupi no estádio Independência.

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