A eleição presidencial da Fifa foi para os tribunais e pode ser suspensa. Nesta terça-feira (23), um dos candidatos para o comando da entidade, o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, pediu a suspensão da votação, marcada para a próxima sexta-feira (26). Seus advogados entraram com um pedido na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para que o processo seja adiado. Sua argumentação é de que não existe um consenso sobre como ocorrerá a votação. Sem um processo claro, Ali sugere que haverá brechas para fraude nos 209 votos.
A Fifa também rejeitou seu pedido para que as urnas usadas no processo sejam transparentes. A votação ocorre em Zurique, numa eleição considerada pelos candidatos como "fundamental" para o futuro da Fifa. O jordaniano é um dos cinco candidatos e, em maio de 2015, chegou a ter mais de 70 votos na eleição vencida na época por Joseph Blatter.
Na agenda da Fifa está a aprovação de uma ampla reforma, na esperança de convencer a polícia e as autoridades judiciais de que a entidade foi vítima de corruptos e que não é uma organização criminosa.
Mas o comitê que gerencia o processo eleitoral garante que não existe a necessidade de que as urnas sejam transparentes. Cada um dos 209 eleitores das federações nacionais será obrigado a entrar em uma cabine para colocar seu voto. Mas não poderão entrar com celulares e câmeras de foto.
Ali levou o caso aos tribunais e fez questão de enviar para Zurique urnas transparentes, caso a Fifa autorize seu uso. Na última eleição, eleitores fizeram questão de tirar fotos ao votar.
Ali tem o apoio de Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos e de políticos de outras partes do mundo. Mas conta com poucos votos dos dirigentes esportivos.