francês Michel Platini, atual presidente da Uefa, pode anunciar nos próximos dias sua candidatura à presidência da Fifa nas eleições marcadas para 26 de fevereiro. O site da revista francesa "L'Équipe" divulgou nesta terça-feira (28) que o ex-jogador francês já decidiu entrar na disputa e revelaria sua candidatura em breve. Uma fonte próxima ao ex-jogador confirmou à Folha de S.Paulo que a decisão sobre o assunto deve ser tomada nesta semana e anunciada até a próxima, mas disse que, por enquanto, ele não bateu totalmente o martelo.
Platini quer fechar a "conta" antes de se colocar na disputa. Ele busca o apoio de pelo menos quatro das seis confederações continentais: Uefa, Concacaf (América Central e Caribe), Conmebol (América do Sul) e Ásia -todas, juntas, somam 144 das 209 federações com direito a voto. Faltaria o apoio de África e Oceania.
A data da eleição foi anunciada na semana passada pelo Comitê Executivo da Fifa. A votação foi convocada após a decisão do presidente da entidade, Joseph Blatter, de deixar o cargo em meio ao escândalo de corrupção que levou à prisão de sete cartolas, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
Blatter continua no posto até o dia da eleição e deve buscar um nome capaz de disputar com Platini, caso o nome do francês se confirme.
O escândalo enfraqueceu o poder político das entidades Conmebol e Concacaf, aliadas de Blatter. Foco das investigações conduzidas pelas autoridades dos Estados Unidos, as duas confederações têm negociado com Platini como forma de tentar resgatar o prestígio no cenário mundial.
Por outro lado, a Uefa quer retomar o poder perdido na Fifa desde 1974, quando o brasileiro João Havelange assumiu o poder.
O nome do presidente da Uefa havia surgido durante o processo de candidatura da eleição vencida por Blatter em maio deste ano, mas ele declinou por não querer disputar com o dirigente suíço. Agora, com Blatter fora do jogo, o caminho está mais livre para Platini concorrer.
O prazo para registro de candidaturas é 26 de outubro, quatro meses antes da eleição. O príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein, derrotado por Blatter em maio, cogita disputar, mas perdeu fôlego e, sobretudo, seu principal apoio: a Uefa.