(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)
Além da transformação na paisagem externa, com a esplanada que abraça o Mineirão, no lado de dentro as modificações foram muito significativas. A primeira que chama a atenção é a redução da capacidade de público, de 64,5 mil para 62.160, todos sentados.
De acordo com a Secretaria de Estado Extraordinária da Copa, a medida foi feita para dar mais conforto e segurança aos torcedores. O primeiro projeto, do arquiteto Gustavo Penna, previa 69,5 mil assentos. Já em 2011, o escritório de arquitetura BCMF assumiu os trabalhos e reduziu a capacidade.
A área destinada ao gramado também foi rebaixada, em 3,4 metros, para melhorar a visibilidade do campo, que terá dimensão de 105mx68m e grama “bermuda celebration”.
A arquibancada superior foi mantida e a inferior acabou demolida, assim como a geral. Nesses espaços, foram construídos arquibancadas, restaurantes e áreas VIP.
No térreo, onde os torcedores entrarão no estádio, agora existem 106 catracas distribuídas por seis grandes portões, contra os 16 (eram 14 portões, sendo que havia o 7A e 7B) de anteriormente. Apesar de o número ter diminuído, a expectativa é de que a entrada seja mais rápida.
Qualificação
Ao contrário do passado, em que a geral era o lugar mais desvalorizado, agora, com o rebaixamento do gramado, o anel inferior será dedicado a espaços com maior valor agregado e, consequentemente, mais caros.
Lá estão localizados os “Lounges”, tanto no lado leste quanto oeste, equipados com TV e ar-condicionado. Eles possuem bares e banheiros exclusivos e poderão ter quiosques.
No lado oeste, onde fica o hall de entrada, um dos lounges terá capacidade para 210 pessoas. Outros dois, em ambos os lados, terão, juntos, capacidade para 2.800 torcedores das cadeiras especiais.
Haverá ainda um restaurante com vista para o campo, com 1.160 m2 e capacidade para aproximadamente 370 pessoas. Outra novidade são os 98 camarotes, com 2.024 assentos.
Outros itens que existiam no antigo estádio permanecem, mas foram modificados. Os banheiros foram reformados e somam 79, sendo 54 para o público em geral, 15 para as áreas de hospitalidade e dez na área externa, o que não havia antes.
Lugar marcado
Se no novo estádio Independência a pretensão de que os lugares marcados fossem respeitados não funcionou, a proposta é de que no Mineirão isso seja cumprido.
O diretor-presidente da Minas Arena, Ricardo Barra, deseja que já no clássico entre Cruzeiro e Atlético os lugares sejam respeitados.
“Espero que todo mundo reconheça esse grande esforço que está sendo feito em prol do torcedor, e tenha o comportamento compatível com a qualidade do estádio”, afirma.
Para o executivo, a estrutura de trabalho da nova arena dará ao torcedor a segurança de poder se sentar no lugar marcado.
“No Mineirão, temos um esquema de segurança preparado para o torcedor se sentar exatamente no local onde comprou os ingressos. Vamos ser firmes no posicionamento da torcida, logicamente sem ser grosseiros”, garante.
A previsão é de que, em jogos com casa cheia, trabalhem entre 250 e 300 orientadores de público, além de 500 a 600 seguranças privados e o suporte da Polícia Militar.